Floricultores de Friburgo e Bom Jardim visitam CEASP – Centro de Abastecimento de São Pedro da Aldeia – para possibilidade de ampliar a comercialização para além da Capital
Com o aumento do número de pessoas imunizadas contra a Covid 19, a flexibilização das regras de isolamento e a retomada gradual dos eventos, um dos setores que mais foram prejudicados com a pandemia, mas que começam a ser aquecidos, é o da floricultura de corte – notícia que coincide com a proximidade da estação mais colorida e perfumada do ano, a Primavera.
Pensando na ascensão da produção, a diretoria do CEASP, o maior centro privado de abastecimento de alimentos do Brasil, convidou um grupo de floricultores de Nova Friburgo e Bom Jardim para visitar a etapa final das obras do empreendimento, em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos. A visita aconteceu no último sábado, dia 11, e teve como objetivo apresentar a importância de os produtores investirem num novo espaço para comercialização de cravos, rosas, margaridas, crisântemos, bromélias, palmeiras ornamentais e outras espécies de plantas.
“Atualmente, toda a produção de flores da região serrana do Rio é destinada à comercialização num mercado na capital. Com a inauguração do CEASP, prevista para o próximo dia 28 de outubro, nossa expectativa é de também poder oferecer ao consumidor atacadista e varejista uma ala só de flores, uma vez que os estudos que fizemos apontam viabilidade para isso. Por esse motivo, convidamos os produtores para apresentarmos uma proposta para que sejam parceiros do centro de abastecimento”, disse Gustavo Scarambone, um dos sócios-empreendedores.
O presidente da Cooperativa de Floricultores, João Vitorino, acredita na expansão da comercialização das flores produzidas. “Vargem Alta, localidade de Friburgo, e Venda Azul e São Domingos, de Bom Jardim, se destacam pela produção de flores e são consideradas a segunda maior região produtora do Brasil. Hoje, comercializamos apenas na Cadeg. Contarmos com a possibilidade de um novo espaço comercial gera muito otimismo. Vamos avaliar muito em breve a melhor maneira de estarmos presentes no CEASP”, declarou Vitorino.
Engenheiro agrônomo da Emater, Martinho Belo, que acompanhou o grupo de 22 floricultores, comenta que achou a localização do CEASP muito estratégica, por estar numa região com grande potencial de clientes. Para ele, a “descentralização” da comercialização aumenta a possibilidade de ótimos negócios não apenas para a floricultura, mas também para o setor de hortifrutigranjeiro. “O mercado de flores no Estado do Rio sempre foi concentrado na Cadeg, o que gera uma dependência aos produtores. Ter como alternativa um outro espaço é bastante significativo nesse momento de reaquecimento do setor”, opinou.
De acordo com o engenheiro agrônomo, a floricultura de corte foi a área mais atingida durante a pandemia, no setor primário. Isso porque os eventos, casamentos, confraternizações foram cessados, com as regras de isolamento social. “Os eventos respondem por cerca de 80% do consumo da floricultura de corte no País. Então, a pandemia trouxe um baque muito grande para os produtores, que perderam a produção de aproximadamente três meses. Daí eles tiveram que se reinventar para manterem algum tipo de renda. Foi então que começaram a produzir outros tipos de cultura, mas que agora começam gradualmente a ser substituídas pelas flores”.
O CEASP é um centro de abastecimento de alimentos e também conhecido como o primeiro shopping rural da Região dos Lagos. Hortifrutigranjeiros, lanches, bebidas, embalagens, insumos agrícolas, pet shop, rações são alguns itens que você vai encontrar no local.
Interessados em adquirir box ou loja devem entrar em contato pelo WhatsApp 21 96516-3130 para mais informações.