Declarações foram feitas em reunião informal no estacionamento da Prefeitura
O Prensa recebeu relatos de servidores públicos de Armação dos Búzios, relacionados à uma reunião informal convocada pelo prefeito, André Granado (MDB), no fim da tarde de segunda-feira (25). O encontro, realizado no estacionamento da sede da Prefeitura, tratou prioritariamente sobre o não pagamento do funcionalismo, que era pago no dia 25 do próprio, desde que o vice-prefeito Henrique Gomes (PSDB) assumiu o executivo, após Granado ser afastado pela justiça em agosto. Retorna então a ser pago no dia 05 do mês subsequente.
Em nota publicada, na terça-feira (26), em rede social, o Sindicato dos Profissionais de Educação da Região dos Lagos (Sepe Lagos) conta que o prefeito teria afirmado durante a reunião informal que a folha de pagamento do funcionalismo público estaria 20% maior desde o seu afastamento, e que a reposição salarial dos servidores ocorreu na casa dos 16%.
Na nota, o Sepe questiona o valor de reajuste afirmado por Granado, quando esse fora de 1,81% como consta no BO 894P3, de 19/07/2018, e outro de 3,94% BO 948P7, de 28/03/2019. O sindicato ainda repudia as declarações do prefeito, questiona a veracidade das afirmações, uma vez que, de acordo com os servidores presentes, não foi apresentado nenhum documento para comprovação, e que a reunião pareceu ter caráter eleitoreiro apenas.
O Prensa entrou em contato com a Prefeitura de Búzios, mas até o fechamento dessa edição, não houve resposta.
Leia a nota do Sepe na íntegra
No fim da tarde do dia 25 de novembro, o prefeito André Granado chamou uma reunião com os munícipes. Na ocasião, o chefe do executivo iniciou a fala afirmando ter dado início ao governo de verdade, e que, no entanto não ficaria no governo. Na fala o chefe paternaliza a gestão com a seguinte afirmativa: “Você pode acreditar que um PAI deixaria de atender um filho por que não quer?” O prefeito seguiu afirmando que a folha esteja 20% maior que quando o mesmo deixou o governo e que a reposição salarial dos servidores ocorreu na casa dos 16%. Sentenciou ainda que deverá fazer redução brusca na folha, sem apresentar o formato dessa redução, e que não implicaria em falta de pagamento ou atraso do mesmo. Criticou os enquadramentos e mudanças de nível, além da contratação de professores. Ainda num tom paternalista o chefe do executivo declara ter chamado o povo para apresentar o cenário e pedir que pensassem juntos n’uma saída. O secretário de governo afirma que o cenário financeiro recebido por eles é crítico.
Como sindicato, nossa ação não poderia ser menos que repudiar toda a fala do chefe de executivo, que embora tenha se autoproclamado governo de verdade, comportou-se na fala, como pai e protetor. Entendemos que se de fato o município passa por tão grande crise financeira, porque essas contas não foram apresentadas no momento da reunião? Perguntamos ainda os motivos de essa crise ter se manifestado apenas agora, uma vez que o governo anterior não só cumpria com os pagamentos antecipados, como concedeu DIREITOS garantidos na lei municipal?
Questionamos ainda o valor de reajuste afirmado pelo atual chefe (16%), quando esse fora de 1,81% como consta no BO 894P3 de 19/07/2018, e outro de 3,94% (BO 948P7, de 28/03/2019, link para consulta: http://buzios.rj.gov.br/servidores-municipais-de-buzios-terao-reajuste-pelo-inpc/ . Nos causa estranheza uma chamada desse nível para apresentar cenário crítico verbal, sem apresentação de qualquer dado físico e com informações não verdadeiras, como a do reajuste. Numa reunião que mais pareceu cenário de propaganda eleitoreira para descredibilizar oponente.
Por fim, afirmamos que estamos de olho. O cenário político, por si só já é absurdo, apresentar informações inconsistentes demonstra desrespeito aos trabalhadores e moradores do município.