Órgãos sindicais são contra o retorno de professores e estudantes às aulas presenciais antes da vacinação em massa
Com a aprovação da Anvisa para o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca no combate ao contágio da Covid-19, a população brasileira demonstra preocupação com a continuidade ou não das medidas de distanciamento social, entre elas, o retorno presencial das atividades escolares.
Nesta terça-feira (19), os Sindicatos dos Professores da Rede Pública Municipal de Macaé (Sepe) e dos Professores de Macaé e Região (Sinpro) emitiram um comunicado, indicando o parecer dos profissionais diante da possibilidade desta volta, em fevereiro.
Os órgãos ressaltaram a situação dos casos confirmados do Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro, que oscila entre as bandeiras laranja e vermelha, nos níveis de contaminação. Os representantes dos sindicatos afirmam que não é possível planejar o retorno das aulas presenciais no momento atual, ou até que a vacinação em massa seja uma realidade para a população macaense.
“Somente a vacinação massiva é capaz de proteger o povo da morte e das possíveis sequelas deixadas por essa doença. Sabemos que nossas escolas não possuem condições estruturais e sanitárias adequadas para lidar com tão alto risco, além do mais, não é de hoje que o Sepe Macaé denuncia a falta de profissionais nas escolas e reivindica concurso público já, o que em um cenário de pandemia torna-se ainda mais fundamental”.
O comunicado ainda destaca que mesmo que todos os protocolos fossem obedecidos e as condições estruturais das escolas fossem as ideais, em um possível retorno, a vacina ainda é a única medida eficaz para combater a doença.
“O Sepe Macaé e o Sinpro Macaé e Região consideram precipitado um retorno das aulas presenciais neste momento, acreditamos que somente a vacina pode nos oferecer condições seguras para a volta das atividades letivas presenciais, mas também defendemos a abertura de um amplo debate público com a sociedade, que tenha como finalidade pensar na escola pós-pandemia, porque tornou-se evidente e incontestável que não podemos mais aceitar como “normal” as péssimas condições em que crianças e jovens, filhos da classe trabalhadora, são formados numa das cidades mais ricas deste país”.
A Prensa questionou a Prefeitura de Macaé a aguarda respostas.