Unidade provisória prometida pelo município ainda não começou a ser montada
O ano de 2022 começou, mas os problemas de 2021 seguem persistindo em Búzios. A falta de informação sobre o andamento da unidade provisória da Escola Municipal Nicomedes Theotônio Vieira, em Manguinhos, tem deixado os pais preocupados. Com ano letivo previsto para iniciar no dia 7 de fevereiro, a dúvida é se as aulas presenciais estão incluídas no cronograma da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.
Nesta segunda-feira (17), o prefeito Alexandre Martins publicou em suas redes sociais uma vistoria no prédio da escola, que está com a estrutura comprometida e interditada pela Defesa Civil. O post basicamente se ateve a dizer que está “trabalhando em ritmo acelerado com o propósito de entregar as escolas em condições adequadas às nossas crianças”, mas sem detalhes. Mas não há informação sobre a unidade provisória. Os pais reclamam da falta de transparência do governo.
“Já estamos no meio do mês, com previsão de início das aulas para o dia 7 de fevereiro, o que vai ser dos alunos? Nossa dúvida é saber se os estudantes vão ter ensino presencial. Já se passaram meses e não temos um posicionamento oficial do governo”, disse um responsável que não quis se identificar.
Nos comentários da postagem no Instagram do chefe do executivo os pais demonstraram essa insatisfação com o governo:
“Será que vamos ter a escola reformada ou tapeada? Se gastar 1 700 milhões para iluminação de natal será que vamos tapear a escola?”, cobrou uma internauta.
“Espero que a obra seja estrutural e não somente de pequenos reparos e pintura. Chega de maquiagem e projetos fakes. Precisamos de uma escola segura e referência em educação”, disse outro.
“Os alunos do Nicomedes retornarão ao presencial junto com as outras escolas? Ouvi algo a respeito de salas de aula em contêiner próximo à policlínica, porém não ouvi mais nada. Ano passado os alunos já não retornaram como as demais escolas, como será 2022?”, indagou.
Novas instalações
Comprometido por problemas estruturais, o prédio da escola não tem condições de receber os alunos e está interditado pela Defesa Civil. Apesar das aulas presenciais da Rede Municipal de Ensino terem sido retomadas em agosto deste ano, os estudantes desta unidade continuam com o ensino remoto. A alternativa encontrada pelo município foi retomar às atividades presenciais em 2022 em novas instalações.
No início de dezembro, a Prefeitura deu um pouco mais de detalhes à Prensa sobre o projeto, que prevê estrutura modular montada em uma área de aproximadamente 3.500 m², localizada na Rua Natália Vieira Câmara nº 17, em Manguinhos, mesmo bairro da sede da escola, com acesso pela Rua Celeste da Costa ou Rua Vieira Câmara. À época o município não deu um prazo para o início da instalação dos módulos e até o momento essa informação não chegou.
Inicialmente, a Secretaria de Educação propôs a contratação de contêineres, ideia que não foi bem vista pelos pais e abortada pela pasta. Em reunião realizada em outubro, o município optou por investir na construção modular para 2022, semelhante à estrutura das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec).
Segundo a Prefeitura, a instalação da estrutura modular atenderá todas as necessidades da Escola, provisoriamente enquanto durar a obra de reforma do prédio, e contará com salas de aula, salas administrativas; cozinha; refeitório; biblioteca; banheiros. Além disso, deverá ter ambientes climatizados com ar condicionado.
A Prefeitura homologou no dia 27 de dezembro de 2021 o processo licitatório 3098/21 para reforma do prédio sede da escola em andamento. A obra será feita pela empresa Trindade Lopes Construtora, no valor de R$ 639.958,60.
A Prensa questionou a Prefeitura sobre os questionamentos dos pais, mas até o fechamento da matéria não houve resposta.