Uma parceria inédita está permitindo a formação das primeiras brigadas antidengue fora da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH) participaram nesta quinta-feira (7) de um treinamento feito por agentes de combate a endemias da SES-RJ no Abrigo Cristo Redentor, em Higienópolis, Zona Norte do Rio.
O objetivo da ação é incentivar a formação de brigadas antidengue para identificar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Funcionários e gestores da unidade participaram da atividade, que incluiu palestra educativa e a busca ativa de possíveis focos. O local tem 212 idosos residentes, homens e mulheres, em situação de vulnerabilidade e/ou risco social, além do Centro Dia, que oferece atividades multidisciplinares.
“Queremos incentivar a eliminação do vetor nos locais de trabalho, especialmente com a inspeção de possíveis áreas que possam servir de criadouro para o Aedes aegypti. É muito importante a formação dos brigadistas em locais com circulação de pessoas, especialmente em hospitais e UPAs. Aqui, no Abrigo Cristo Redentor, temos uma população de idosos, que precisam ser protegidos contra a dengue”, disse o agente Alessandro Silva Lessa, que estava acompanhado dos agentes Olício Antonio da Silva e João Roberto Rodrigues.
Equipes técnicas do Centro Integrado de Atendimento à Pessoa com Deficiência (CICAPD) Rego Barros, do Centro de Atendimento Integrado (CAI) Protógenes Guimarães, do Centro de Atendimento Integrado (CAI) Oswaldo Aranha, do Hotel Acolhedor do Catete e do Hotel Acolhedor do Centro também participaram da atividade.
A diretora do abrigo Cristo Redentor, Nádia Aparecida da Silva Pinto, aprovou a ação inédita e incentivou a participação dos colaboradores. “Não tivemos nenhum caso de dengue entre os nossos residentes. Nosso atendimento prioriza o bem-estar dos idosos e sabemos da vulnerabilidade dessa faixa etária. Foi muito importante a presença dos agentes para orientar a equipe e explicar todo o ciclo de vida do mosquito. Vamos formar a nossa brigada antidengue e colocar em prática os ensinamentos que aprendemos aqui hoje”, afirmou Nádia.
A equipe de brigadistas reúne todos os colaboradores das unidades, especialmente dos setores de limpeza e manutenção. “Além dos pontos na parte interna das edificações, os funcionários da manutenção podem verificar as áreas de difícil acesso, como telhados e calhas, que precisam ser acessados com o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) para a limpeza correta dos criadouros”, explicou Lessa durante a palestra, que também abordou diversos aspectos do ciclo de vida do mosquito da dengue e os números gerais da doença no estado do Rio de Janeiro, por meio da ferramenta Monitora RJ, desenvolvida pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ.
Como exercício prático, a equipe da SES-RJ percorreu as diversas dependências do abrigo, acompanhada dos colaboradores da limpeza e manutenção. O protocolo seguiu o guia de inspeções da campanha “10 minutos contra a Dengue”, com a verificação minuciosa de calhas, vasos de plantas e outros locais para evitar os possíveis criadouros.
Até 7 de março, o Estado do Rio de Janeiro registrou 104.591 casos prováveis de dengue, segundo a ferramenta Monitora RJ.