Para atender a nova recomendação do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Saúde de Macaé já está ofertando a vacina contra o HPV em dose única, para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos. A medida tem o objetivo de aumentar a adesão e ampliar a imunização visando eliminar o câncer de colo do útero como problema de saúde pública.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Samyra Mayer, a vacina é oferecida nas Unidades Básicas de Saúde e de Estratégia Saúde da Família, localizadas nos bairros, distritos e localidades da Região Serrana.
Samyra ressalta que na nota técnica do MS há uma orientação para fazer a busca ativa de adolescentes com idade até 19 anos, que não foram vacinados contra o HPV. Também foram incluídas no grupo prioritário para imunização às pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR). “Essa inclusão trata-se de uma indicação especial e seguirá a recomendação do esquema de três doses, independente da idade com prescrição médica”, explicou.
O grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme disposição do Programa Nacional de Imunizações (PNI), podendo receber a vacina até os 45 anos, em três doses.
A vacina além de proteger contra o câncer de colo de útero, tem a capacidade de imunização contra o vírus que causa câncer de pênis, vulva, boca, entre outras complicações.
A nova diretriz de vacinação contra o HPV do Ministério da Saúde segue recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com base em estudos evidenciando que o esquema em dose única, para pessoas de 9 a 20 anos, confere proteção equivalente aos de duas ou três doses, sendo o Brasil o 37º país a adotar esse esquema vacinal.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, sendo responsável por cerca de 17 mil novos casos e quase 7 mil óbitos por ano. Estima-se que, em 2023, 10.700 mortes por câncer relacionado ao HPV poderiam ter sido evitadas no país.