Eu estava derretendo por causa calor amazônico dentro do ônibus lotado pela periferia de São Luís quando, de repente, um passageiro passa pela roleta com uma caixa de som (daquelas pequenas com um USB plugado). Vai começar a tocar FUNK e Música Gospel, pensei eu. Ledo engano. A caixinha começou a tocar as “pedras”, como são chamados os hits do reggae na “Ilha do Amor” conhecida como São Luis. Os passageiros não se incomodaram, alguns até cantavam o som de Bob. Uma ótima trilha sonora para aquele momento de tarde ensolarada.
Uma outra coisa que me chamou atenção rapidamente foi a pouquíssima expressão evangélica tanto no centro da capital quanto na periferia. Pelo que percebi, olhando atentamente a arquitetura das construções enquanto vago pela periferia da cidade, há poucas igrejas na capital, se comparando com o Rio de Janeiro onde se encontra mais igrejas do que comércios. Embora essa quantidade já seja motivo de reclamação para que alguns nativos mais atentos. Isso talvez explique a paixão do povo pelas festividades culturais, em especial o São João.
Essa foi uma das centenas de boas impressões que tive morando na capital maranhense. Como naturalista atento que busco ser, percebi que conviver com um povo que fala cantando um português perfeito e quase não usa palavrões é um encanto. Já entender o vasto dialeto desse povo também é algo desafidor.