Projeto Rota 5 do gás pretende remodelar o caminho do gás natural que é produzido no pré-sal, vindo das bacias de Campos e Santos
A cidade de Macaé desempenha um importante papel no setor da indústria do petróleo, na região da Costa do Sol e Norte Fluminense. Dentre os projetos desenvolvidos na cidade, um específico tem fomentado discussões e entusiasmo nos empresários locais, a Rota 5 o gás.
A ideia principal do projeto é remodelar o caminho do gás natural que é produzido no pré-sal, vindo das bacias de Campos e Santos, através de um projeto para canalizar o produto. Atualmente, ao ser gerado, o gás é reinjetado, o que sobrecarrega a operação, pois, este material poderia ser aproveitado como fonte de energia e matéria prima para indústria de fertilizantes, tintas, solventes, plásticos e outros produtos.
Os empresários e comerciantes da indústria local lutam para que Macaé seja a cidade seja escolhida para este desembarque, devido à presença da maior Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do país, o Terminal de Cabiúnas (Tecab), unidade da Petrobras que tem capacidade de processamento de aproximadamente 30 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural por dia.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega, relatou à Prensa os impactos que o projeto pode gerar para a economia do município. “Macaé operando o Rota 5 , se potencializará como a capital nacional da energia, com a possibilidade de instalação de mais 11 termoelétrica, além de desenvolver, dentro dos vários polos industriais da cidade, a diversificação econômica, atraindo indústrias com energia mais barata e menos impactante ambientalmente falando”.
A Rota 5 do gás já foi aprovada pela Câmara Federal e o projeto segue no Senado, para ser ratificado. De acordo com Navega, a iniciativa tem potencial para impactar o mercado da cidade em diferentes âmbitos.
“O novo marco regulatório do gás pode nos trazer competitividade mundial. Hoje, o metro cúbico de gás no Brasil custa em torno de 14 dólares, e com esse novo marco, está previsto uma maior disponibilidade de oferta, operadores, baixando seu custos para níveis internacionais (em torno de 4 dólares o metro cúbico). Isso definitivamente se torna um passaporte para reindustrialização brasileira, com forte atração para clusteres industriais. Nossa região já possui muita expertise com gás, temos uma UPGN, unidade processadora de gás natural, Petrobras em Cabiunas. Seremos um hub de gás, trazendo um novo ciclo de desenvolvimento para Macaé “.
Seminário de Gás
Nesta quinta-feira (22), a Rede Petro, em parceria com a Gerência de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) irão promover o Seminário do Gás. O evento virtual é gratuito e aberto para empresas.
O encontro acontecerá a partir das 18h, na plataforma Microsoft Teams. As vagas são limitadas, e os interessados em participar podem fazer a inscrição pelo link.