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RJ-102 e a escuridão que ronda a entrada de Búzios

A rota principal que conecta turistas e moradores ao coração de Búzios está marcada pela escuridão e pela insegurança
Luis Antonio mostra um dos diversos pontos sem iluminação na RJ102 - A falta de manutenção da iluminação pública desde a rotatória de acesso a Buzios até o Cruzeiro, além de dificultar a visibilidade dos motoristas que chegam a Buzios a noite, transmite uma sensação de insegurança e desleixo com o acesso a cidade
Luis Antonio mostra um dos diversos pontos sem iluminação na RJ102 - A falta de manutenção da iluminação pública desde a rotatória de acesso a Buzios até o Cruzeiro, além de dificultar a visibilidade dos motoristas que chegam a Buzios a noite, transmite uma sensação de insegurança e desleixo com o acesso a cidade
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Na escuridão quase absoluta, o professor universitário Marcos Nóbrega avista apenas algumas lâmpadas que resistem em brilhar ao longo da RJ-102, na entrada de Búzios. Morador do bairro Rasa, ele relata o drama cotidiano de cruzar um trecho onde cerca de 40% das luminárias estão apagadas. “São sequências enormes de postes sem luz. Quem passa por ali sente o perigo, principalmente agora, com o verão chegando e o fluxo de turistas aumentando”, lamenta. Ele não está sozinho. Outros moradores da região estão se mobilizando, como o militar da reserva, Luiz Antonio. Ambos contam que fizeram contato com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e ligaram também para a Prefeitura de Búzios. “Até agora não tivemos qualquer medida efetiva para alteração desse quadro”, afirma Luiz.

Um caminho de sombras que assombra

Mapa destacando o trajeto entre a rotatória da rodovia Amaral Peixoto e o Cruzeiro na RJ-102, evidenciando os pontos críticos de iluminação apagada que afetam a segurança no acesso a Búzios

Auxiliado por Nóbrega, Luiz Antonio decidiu investigar de perto o estado da iluminação da RJ-102. Durante uma noite, ele percorreu o trecho entre a rotatória da rodovia Amaral Peixoto (RJ 106) (entroncamento, ainda no território de Cabo Frio, que liga a Região Norte e Serrana a Região dos Lagos e Metropolitana) e o Cruzeiro, já em Búzios, registrando meticulosamente o número de lâmpadas apagadas e acesas. Para facilitar o levantamento, dividiu o trajeto em dois trechos, utilizando a Rua do Suspiro, vicinal à RJ102, no trecho do loteamento Praia Rasas 3, como marco divisório do “trecho das trevas”. Da rotatória até a Rua do Suspiro, contabilizou 70 lâmpadas queimadas contra apenas 40 em funcionamento. No caminho entre a Rua do Suspiro e trevo do Cruzeiro, encontrou 11 luminárias apagadas e 75 acesas. Ao todo, o levantamento revelou que. Do total de 196 postes ao longo do trajeto, 81 estão sem iluminação, quase 45% dos postes.

Essa situação, segundo outros moradores abordados pela Prensa, é agravada pelo aumento de vandalismo e roubo de fios de cobre, além da falta de manutenção regular. A escuridão não é apenas um desconforto: é também um risco direto para a segurança de quem transita pela região.

Autoridades brincam de “bata quente”

Imagem ilustrativa

A solução para a escuridão na RJ-102 parece perdida em um jogo de empurra-empurra entre órgãos públicos e concessionárias. A Prefeitura de Búzios alega que a manutenção da iluminação da rodovia é de responsabilidade do Governo do Estado, representado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). Por outro lado, o DER-RJ afirma constantemente que a situação é agravada pelos constantes furtos de fios de cobre e vandalismo, mas destaca que realiza manutenções periódicas.

A Enel, concessionária de energia, também entra na discussão. Quando questionada sobre a substituição de fios e lâmpadas, a empresa afirmou que trabalha em colaboração com órgãos competentes, mas não apresentou soluções concretas para o problema, e afirmou que a responsabilidade em casos como estes é das prefeituras.

“Cada um joga pro outro a responsabilidade. Estão brincando de ‘batata quente’ com a gente”, comenta Cristiane Silva, comerciante.

Um apelo de urgência

Com a chegada do período de férias e festividades, a preocupação dos moradores aumenta. “As autoridades precisam agir agora. Imagine o risco para quem vem passar as festas de fim de ano em Búzios”, desabafa Nobrega.

Enquanto as soluções não chegam, o caminho entre a rotatória e o Cruzeiro continua mergulhado em sombras, uma realidade que desafia a segurança de uma região tão dependente do turismo e da tranquilidade de seus moradores.

Octavio Raja gabaglia

Octavio Raja Gabaglia, o carismático Otavinho, é um nome que ressoa nas praias, encostas e telhados de Búzios. Esse arquiteto genial, conhecido pelo bom papo e pela mente afiada, conseguiu, com engenhosidade, domar os ventos, convidar a luz do sol para habitar as casas com gentileza, além de convencer a paisagem exuberante a fazer parte de sua obra.

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