Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes entre jovens de 15 e 29 anos no mundo. O Brasil figura entre os cinco países com maior quantidade de mortes ocasionadas por acidentes de trânsito.
Rio das Ostras, um dos principais municípios da Região dos Lagos, na Costa do Sol, é cortado pela Rodovia Amaral Peixoto. Além do volume normal de veículos dos moradores, a cidade ainda recebe o fluxo de carros que circulam entre os municípios vizinhos como Macaé e Cabo Frio.
Diante dessa realidade, a possibilidade de acidentes de trânsito aumenta consideravelmente em seu trecho urbano. Aproximadamente 3 mil veículos trafegam por hora, na Amaral Peixoto, entre 6h e 8h, no sentido de Rio das Ostras para Macaé e, entre 16h e 18h, no sentido contrário. Os números foram divulgados pela Guarda Municipal de Rio das Ostras, através da prefeitura na última sexta-feira (27).
Segundo relatório do Departamento de Trânsito da Secretaria de Segurança Pública do Município, foram registrados 194 acidentes na Rodovia Amaral Peixoto e 127 nas ruas e avenidas da cidade ao longo de 2017. O período da manhã, muito em função do deslocamento até o trabalho e escola, é o que requer mais atenção e condutores e pedestres.
Ainda, de acordo com o mesmo relatório da Guarda Municipal, os principais acidentes envolveram automóveis, com 354 ocorrências, e motocicletas, com 101 ocorrências até setembro de 2017. Ao todo, foram 630 veículos envolvidos em acidentes nesse período, entre bicicletas, ciclomotores, ônibus, reboques e afins.
Segundo os dados, do total de 139 vítimas envolvidas em acidentes de trânsito, 5 pessoas acabaram morrendo até o fechamento do balanço deste ano. Segundo esse relatório, a maior parte das ocorrências aconteceu na área central da cidade.
Outra região que merece atenção é a Zona Rural de Cantagalo, por conta do aumento de veículos que seguem pela Estrada de Cantagalo, em direção à Zona Especial de Negócios (ZEN).
Os números mostram que o problema da negligência no trânsito ainda preocupa. Dirigir alcoolizado e o excesso de velocidade são as principais causas de acidentes. No entanto, conduzir veículos e utilizar o celular para mandar mensagens instantâneas aparece como um grande desencadeador de ocorrências.
Vítimas de atropelamento
O vendedor, Luiz Carlos Almeida, foi um dos que sofreram atropelamentos na cidade em 2017. Segundo o munícipe, a situação aconteceu quando atravessava a rodovia Amaral Peixoto.
“Moro no Recreio e tenho que atravessar a pista para pegar a van. OS sinais são muitos espaçados na rodovia, por isso acabei atravessando enquanto os carros estavam longe. Acabei atropelado, mas não me machuquei gravemente. Tive apenas escoriações”, comentou.
A estudante de publicidade, Viviane Dias, também passou por uma situação semelhante. Moradora de Jardim Mariléa, a universitária ia atravessar uma rua quando foi atingida por uma moto em alta velocidade.
“Estava a poucos metros da esquina. Olhei para os lados e não vi nenhum veículo se aproximando e resolvi atravessar. A moto surgiu ‘do nada’ e me acertou. Foi uma sorte que a pessoa conseguiu reduzir a velocidade a tempo. Tive só umas abrasões por conta do asfalto e uma torção no joelho. Fiquei dois meses fazendo fisioterapia, mas acredito que poderia ter sido pior”.
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