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Rio das Ostras perde 1.244 postos de trabalho formais desde janeiro


Segundo o Caged, em janeiro a cidade tinha 21.636 trabalhadores formais.

Banco de empregos de Rio das Ostras/ Divulgação

Muitas cidades da região tiveram os setores de comércio, serviços e turismo prejudicados com a chegada da pandemia e o estabelecimento de medidas de isolamento social. No total, o estado Rio de Janeiro perdeu mais de 444 mil postos de trabalho. Somente no mês de abril foram mais de 115 mil empregos perdidos.


Analisando localmente, a cidade de Rio das Ostras também sofreu com as medidas e apresenta um alto índice de encerramento de postos de trabalho. Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que traz os dados do primeiro quadrimestre do ano, em abril foram – 1.279, com uma variação de -5,9%.


Já no acumulado do ano, o município perdeu 1.244 postos, com variação de -5,8% de janeiro a abril. Em janeiro, cidade tinha um estoque de 21.636 trabalhadores formais.

Em grande parte, a questão do encerramento de postos de trabalho no município é devido a falta de apoio ao trabalhador informal, as pequenas empresas e também ao microempreendedor individual que são os principais responsáveis pela movimentação de dinheiro no munícipio e, consequentemente, da economia local. Segundo o Caged, o trabalhador informal representa quase 50% dos trabalhadores em diversos municípios brasileiros.


Por isso, é importante a valorização desse segmento de trabalhadores durante a pandemia. O que é uma das falhas de Rio das Ostras, já que o município ainda não conseguiu organizar nenhuma forma de proteção social a população, além da polêmica entrega de cestas básicas para alunos da rede pública.

Importância da rede de proteção social


Por outro lado, a cidade de Maricá obteve números importantes para a proteção dos empregos formais e informais. A cidade teve uma perda somente de 1% de janeiro a abril. Em uma análise comparativa, outros municípios limítrofes a Maricá tiveram desempenho muito diferentes: segundo o CAGED, Niterói teve queda de 3,6% e São Gonçalo 3,7%.


A explicação disso é a rede de proteção social preparada pelo município que começou com a criação da moeda social denominada mumbuca. Além disso, logo depois de instaurado o isolamento social no município, a prefeitura antecipou o abono natalino do programa social que paga 130 mumbucas mensais. A seguir, esse valor foi aumentado para 300 mumbucas.


De acordo com o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e idealizador do programas, Igor Sardinha, essas ações garantiram que esse recurso financeiro permanecesse no município e injetasse mais de 42 mil reais na primeira semana de isolamento.


“Como a moeda social só pode ser gasta localmente, em um dos mais de 3 mil comerciantes locais cadastrados, conseguimos que esse dinheiro permanecesse no município. Isso proporcionou que a economia girasse e o comércio não perdesse capital”, explicou o ex-secretário.


Outras ações que permitiram que Maricá freasse a queda do número de empregos foi a criação do Programa de Apoio ao Trabalhador (PAT) para para auxiliar o trabalhador autônomo, microempreendedor e profissional liberal que está sendo impedido de trabalhar por conta da quarentena. O Fomenta Maricá também abriu uma linha de crédito com juros 0 para manter o comércio e indústria funcionando.


“ A economia é um algo cíclico, então se protegemos o trabalhador, o pequeno empresário e o microempreendedor, fazemos a economia circular com conta do consumo. Assim também protegemos a indústria e o comércio, permitindo que todos se protejam durante essa pandemia”, finalizou Igor Sardinha.

https://prensadebabel.com.br/index.php/2020/05/29/covid-19-pandemia-devasta-economia-das-cidades-do-interior-do-rio-e-aumenta-o-desemprego/

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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