A partir deste mês, a Secretaria de Saúde de Rio das Ostras passa a aplicar em dose única a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) para adolescentes, meninos e meninas, de 9 a 14 anos. A mudança segue a recomendação do Ministério da Saúde (MS) e tem como objetivo intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.
O Município também vai realizar a repescagem dos NÃO VACINADOS com idade entre 15 a 19 anos, que não receberam uma ou duas doses do imunizante no período recomendado pelo Ministério.
Para receber a vacina, o público-alvo deve comparecer a uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, munido de documento de identificação e caderneta de vacinação, comprovando a ausência do imunizante.
O MS quer aumentar a adesão à vacinação, ampliar a cobertura e, consequentemente, evitar novos casos de câncer de colo do útero.
A coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Natália Lopes, esclareceu que o esquema de vacinação passa a ser finalizado com apenas uma dose.
“Antes, eram necessárias duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas, para completar o esquema vacinal. Agora com as novas recomendações do Ministério da Saúde e as mais recentes da Organização Mundial da Saúde, acreditamos que teremos ainda mais sucesso na vacinação, já que em uma dose é possível ter a proteção”, contou.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos, o que representa uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Além de meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos, também podem ser vacinados contra o HPV pessoas de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressora, além de vítimas de abuso sexual. Nesses casos, o esquema de vacinação permanece em três doses: duas doses com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e a terceira dose seis meses entre a primeira e a terceira dose.
Também podem ser vacinadas, pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR), independentemente da idade, com esquema próprio.