Nesta segunda-feira (18), m a partir das 18h30, o Sarau Revira-Volta fará um ano. Entende, um ano de uma organização artística autônoma. É alguma coisa, diz ae? Don Nicola, nosso grande condutor, o dono da casa, chama geral pro espaço, que fica na Rua 3 de novembro, esquina com a sociedade musical santa helena, centro de Cabo Frio.
Lá em 19 de junho de 2017, 19h, começou a parada, com um público animado, participativo e feliz depois da experiência. As edições foram se sucedendo, o público foi chegando, a horizontalidade reinando, o orgânico se superando.
Pessoas variadas, pessoas desconhecidas, pessoas esquecidas recitando poemas num boteco ia virar? Então, numa região de carências, reconhecer e entender o potencial de seus habitantes é algo primordial ou deveria, né?
Entendam, os movimentos sempre aconteceram e sempre acontecerão, só não se tem ainda espaços suficientes em que mais pessoas possam desenvolver suas potencialidades. Falta fomento, falta grana e aí os nichos se estabelecem a partir da carência dos outros. E podemos ser mais do que se apresenta.
Fazer um sarau foi o consenso, mas onde seria? Um local de fácil acesso e identificação, mas onde? Tá, um boteco seria legal. Nem é uma ideia nova, nas metrópoles por aí rolam saraus em botecos. Bom, Fabio Emecê (eu) bebendo uma cerveja com o amigo: Professor George no Boteko Don Nicola despertou para a possibilidade.
Na encruza, de fácil acesso, cerveja litrão mega gelada? É onde deveria rolar a parada. Sem contar o dono do bar: Don Nicola. Jogador de futebol aposentado, vivido, jogou no Corinthians, Botafogo, Chile, administrou o Pacaembu, ou seja, cabeça de Mundo. O local ideal estava posto e numa conversa, até breve com o Don, o local foi escolhido.
Rapha, Emecê e Agatha, outra entusiasta da ideia, sentaram para pensar no nome e formato. Revira-Volta veio a calhar por tentar mostrar uma outra proposta artística possível. Poesia pra quem quisesse ouvir e recitar, com o microfone aberto, mais uma música alternativa para a galera entender que tem muita coisa rolando por aí. Convite feito a Victor Viana e a Yasmim Rohen para integrar a trupe e partiu fazer a primeir edição.
Temos a Agatha Gabi, a Ana Paula, o Fabio Emecê, o Rapha Ferreira e a Victoria Cunha pra dar o ritmo e tem todo mundo que tá sempre frequentando, sempre colaborando, sempre recitando e assim, a continuidade é válida, e como é! Novas pessoas agregaram a trupe: Victória Cunha e Ana Paula Lopes e os escritos guardados na gaveta estão sendo finalmente ouvidos.
Agir localmente e pensar globalmente é uma conduta a se ter nessas situações e dois artistas que de alguma maneira viram um pouco do que é Mundo, juntaram ideias, vontades e coragem para se fazer um movimento. Rapha Ferreira e Fabio Emecê (eu) tinham isso internalizado, até porque o que a região apresentava sempre foi insuficiente.
Primeiro ano e a ideia tá aí. Pelo jeito, condutores não faltarão e o Sarau Revira-Volta será eterno enquanto durar. Reviiiira? Vooooooooolta!