A Universidade Federal Fluminense (UFF) retomou o uso obrigatório das máscaras em espaços fechados da instituição e recomendou também em espaços abertos. A medida começou a valer na quarta-feira (1º) para todos os campi, inclusive Macaé e Rio das Ostras. Após essa decisão da universidade, o uso do equipamento em unidades escolares voltou a ser debatido e o assunto divide opiniões. A maioria das cidades da Costa do Sol tornou opcional o uso do equipamento de proteção nas escolas.
Para Carla Tavares, o uso deveria ser obrigatório em alguns locais, até mesmo na escola. “A pandemia ainda não acabou. Tem muita gente pensando que estamos totalmente protegidos. Claro que a vacina é muito importante, diminui os sintomas, deixa eles mais brandos. Mas ainda tem gente morrendo, gente infectada duas, três, quatro vezes, precisamos ficar mais atentos. E falo isso não só pelo uso das máscaras e escolas e locais de muita aglomeração, mas higienização das mãos. Quase não vejo ninguém passando álcool mais”, disse a moradora de São Pedro da Aldeia.
Sabrina Oliveira também concorda com a obrigatoriedade dentro da escolas. “Eu concordo que volte a ser obrigatório pelos indícios de novos casos”, opinou a estudante de direito que tem um filho chamado Pedro de 5 anos que estuda na Escola Municipal de Educação Infantil Cladyr Mendes da Rocha, em Cabo Frio.
Vanessa Krawczuk é moradora de Cabo Frio e tem duas filhas, Luna de 2 anos e Sophia 12 anos e pensa diferente da Sabrina. Ela é a favor do uso ser facultativo. “A princípio concordo com o uso facultativo. Como os casos não são ainda alarmantes, entendo que o uso pode ser facultativo, tendo em vista que outros locais fechados ainda não exigiram a obrigatoriedade”, destacou.
Paula Freitas mora no Jardim Esperança e acredita que tudo depende do avanço da doença. “O negócio é ficar de olho nas informações oficiais e se cuidar. Com máscara ou sem máscara, é importante entender que não estamos livres de nada”, disse.
Quem segue à risca o uso das máscaras é Maria Eduarda Braz. Estudante do Colégio Futuro ainda usa máscaras não só dentro na escola como em todos os lugares que vai. “ Sei lá, eu me acostumei e acho muito importante se cuidar. Não peguei essa doença e nem quero pegar”, disse a pré-adolescente de 11 anos.
Muitas das cidades da Região da Costa do Sol tornaram o uso de máscaras em unidades de ensino e em ambientes fechados e abertos de forma geral facultativo, como Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios, São Pedro da Aldeia e Saquarema. Outras apenas recomendaram o uso em decreto, como Rio das Ostras e Macaé, para quem ainda não tenha tomado pelo menos duas doses da vacina. Os municípios de Iguaba Grande e Araruama são os únicos da região que mantiveram o uso obrigatório em instituições públicas e privadas.
A Secretaria de Estado de Educação disse que as escolas da rede estadual de ensino deverão seguir os protocolos sanitários vigentes dos municípios nos quais estão localizadas.
A UFF tomou a decisão com base em informações do Grupo de Trabalho Covid-19 da instituição que acompanha o cenário atual da pandemia no estado do Rio de Janeiro, que a aplicação é uma mediada de precaução devido à “sazonalidade de doenças respiratórias incluindo a Covid-19”.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a 2ª edição do Panorama da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (27) mostrou um cenário de estabilidade, mas com discretas variações nas taxas de positividade dos exames de antígeno e de RT-PCR, assim como do número de atendimentos em UPAs e solicitações de leito em todo o estado.