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Resolução do Conselho Federal de Medicina que restringe uso de canabidiol não afeta planos de compra da Prefeitura de Búzios

Município segue com trâmites para licitação de medicamentos com derivado da cannabis sativa
Ítalo, de 5 anos, tem autismo e faz tratamento com Cannabis medicinal na rede de saúde pública de Búzios - Imagem Profissão repórter (Globo)
Ítalo, de 5 anos, tem autismo e faz tratamento com Cannabis medicinal na rede de saúde pública de Búzios - Imagem Profissão repórter (Globo)

A Prefeitura de Armação dos Búzios não alterou os planos de compra e utilização médica de remédios à base de canabidiol, apesar da mais recente resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) restringir a aplicação da substância na maior parte dos casos. De acordo com o documento, de 11 de outubro, fica aprovado o uso do canabidiol apenas para o tratamento de epilepsias de crianças e adolescentes nos casos da Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa.

Mesmo assim, o município manteve o planejamento para realizar a licitação de compra de medicamentos para atender 360 crianças autistas; 82 crianças com epilepsia refratária que participam do programa “Clínica de Cannabis Sativa Beija Flor”, e não respondem aos tratamentos convencionais. A licitação estava marcada para a última segunda-feira, dia 14, mas foi adiada por um erro material do edital, segundo a Prefeitura.

Nesta terça-feira (18), foi assinado o processo para abertura de novo edital para publicação no Diário Oficial, junto com as erratas da convocação anterior, e a indicação de uma nova data, o que deve ocorrer ainda essa semana, embora até o fechamento desta reportagem não havia sido divulgado. Legalmente, há quase um ano, o município garante o uso e a distribuição de medicamentos que contenham o derivado de cannabis sativa na sua composição. Búzios foi o primeiro município do estado do Rio a adotar uma política pública para o uso medicinal da cannabis.

A resolução do CFM já gerou questionamentos de órgãos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público Federal (MPF), que abriu um procedimento para saber se o documento publicado pela entidade de representação da classe médica não contraria a Constituição Federal quanto à garantia de acesso universal e igualitário ao tratamento.

Para o presidente da Comissão de Estudos da Cannabis Medicinal da OAB de Búzios, o jornalista e advogado Hamber Carvalho, o impacto da resolução do Conselho Federal de Medicina em Búzios “é zero”, porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamenta o assunto desde 2014.

“Primeiro, porque uma resolução do CFM não tem o poder para revogar todas as resoluções da Anvisa, que é um órgão de estado, e que regula a entrada do remédio no país e orienta os médicos para a prescrição”, explica o ativista.

A sociedade civil também se mobiliza contra a determinação do Conselho de Medicina. No próximo sábado, na Feira de Agricultura Familiar, na Ferradura, um grupo de ativistas e de familiares de usuários dos medicamentos vão fazer uma manifestação, das 7h às 13h.

Na internet também corre um abaixo-assinado pelo endereço https://chng.it/pkqbNYWb , contra a resolução do CFM.

“Prezados, acompanho de perto a experiência do Município de Armação dos Búzios com o uso da Cannabis medicinal e é fantástica. Muitas crianças e adolescentes com autismo estão tendo oportunidade de convivência social. É um projeto maravilhoso que está resgatando a esperança e a alegria de muitas famílias. Crianças com outras patologias, refratárias às medicações tradicionais também estão sendo tratadas com sucesso. Por favor, assinem este manifesto e participem de todos os movimentos possíveis para vencermos esse retrocesso”, publicou a idealizadora do abaixo-assinado, Adriana Moutinho.

Resolução do Conselho Federal de Medicina que restringe uso de canabidiol não afeta planos de compra da Prefeitura de Búzios

Município segue com trâmites para licitação de medicamentos com derivado da cannabis sativa
Ítalo, de 5 anos, tem autismo e faz tratamento com Cannabis medicinal na rede de saúde pública de Búzios - Imagem Profissão repórter (Globo)
Ítalo, de 5 anos, tem autismo e faz tratamento com Cannabis medicinal na rede de saúde pública de Búzios - Imagem Profissão repórter (Globo)

A Prefeitura de Armação dos Búzios não alterou os planos de compra e utilização médica de remédios à base de canabidiol, apesar da mais recente resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) restringir a aplicação da substância na maior parte dos casos. De acordo com o documento, de 11 de outubro, fica aprovado o uso do canabidiol apenas para o tratamento de epilepsias de crianças e adolescentes nos casos da Síndrome de Dravet e Lennox-Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa.

Mesmo assim, o município manteve o planejamento para realizar a licitação de compra de medicamentos para atender 360 crianças autistas; 82 crianças com epilepsia refratária que participam do programa “Clínica de Cannabis Sativa Beija Flor”, e não respondem aos tratamentos convencionais. A licitação estava marcada para a última segunda-feira, dia 14, mas foi adiada por um erro material do edital, segundo a Prefeitura.

Nesta terça-feira (18), foi assinado o processo para abertura de novo edital para publicação no Diário Oficial, junto com as erratas da convocação anterior, e a indicação de uma nova data, o que deve ocorrer ainda essa semana, embora até o fechamento desta reportagem não havia sido divulgado. Legalmente, há quase um ano, o município garante o uso e a distribuição de medicamentos que contenham o derivado de cannabis sativa na sua composição. Búzios foi o primeiro município do estado do Rio a adotar uma política pública para o uso medicinal da cannabis.

A resolução do CFM já gerou questionamentos de órgãos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público Federal (MPF), que abriu um procedimento para saber se o documento publicado pela entidade de representação da classe médica não contraria a Constituição Federal quanto à garantia de acesso universal e igualitário ao tratamento.

Para o presidente da Comissão de Estudos da Cannabis Medicinal da OAB de Búzios, o jornalista e advogado Hamber Carvalho, o impacto da resolução do Conselho Federal de Medicina em Búzios “é zero”, porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária regulamenta o assunto desde 2014.

“Primeiro, porque uma resolução do CFM não tem o poder para revogar todas as resoluções da Anvisa, que é um órgão de estado, e que regula a entrada do remédio no país e orienta os médicos para a prescrição”, explica o ativista.

A sociedade civil também se mobiliza contra a determinação do Conselho de Medicina. No próximo sábado, na Feira de Agricultura Familiar, na Ferradura, um grupo de ativistas e de familiares de usuários dos medicamentos vão fazer uma manifestação, das 7h às 13h.

Na internet também corre um abaixo-assinado pelo endereço https://chng.it/pkqbNYWb , contra a resolução do CFM.

“Prezados, acompanho de perto a experiência do Município de Armação dos Búzios com o uso da Cannabis medicinal e é fantástica. Muitas crianças e adolescentes com autismo estão tendo oportunidade de convivência social. É um projeto maravilhoso que está resgatando a esperança e a alegria de muitas famílias. Crianças com outras patologias, refratárias às medicações tradicionais também estão sendo tratadas com sucesso. Por favor, assinem este manifesto e participem de todos os movimentos possíveis para vencermos esse retrocesso”, publicou a idealizadora do abaixo-assinado, Adriana Moutinho.

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