Tandy Firmino, morador da favela Santa Marta, foi recebido pela deputada Renata Souza (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj
O repórter fotográfico Tandy Firmino, morador da favela Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e que teve sua casa invadida por policiais militares, foi recebido pela deputada Renata Souza (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, na manhã desta terça-feira, dia 12. Segundo Tandy relatou, foi acordado junto com a filha de 12 anos, dentro de casa, e com fuzis apontados em sua direção após sua porta ter sido arrombada durante a operação da PM na comunidade,
A deputada destacou o trabalho de Tandy como uma liderança comunitária e sua ação no combate ao Covid-19, com a criação de um projeto de sanitização. “Entendemos que não se pode ter qualquer tipo de abordagem de maneira violenta, inclusive – nesse momento de pandemia – sem máscaras, dentro das casas das pessoas.”
Tandy disse que dormia e já se levantou da cama, na segunda-feira, dia 11, com os fuzis apontados em sua direção. “Foi uma coisa que não podia acontecer. Eles não tinham mandado, não tinham ordem judicial nenhuma e entraram na minha casa de forma arbitrária. Quebraram minha porta. Dois fuzis apontados para minha cabeça e minha filha presenciando tudo isso.”, relatou.
Renata Souza informou que, por meio da Comissão de Direitos Humanos, fará um relatório a ser encaminhado ao Ministério Público e à Secretaria de Polícia Militar. Ela afirmou que a sociedade deve repudiar esse tipo de violência. “Não podemos considerar natural esse tipo de abordagem na casa de ninguém. Em especial daqueles e daquelas que hoje lutam pela vida dentro da favela, como é o caso do Tandy e sua equipe de sanitização, que trabalha incansavelmente contra a Covid dentro das favelas.”