Em Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, exsite um projeto antigo e sonho de muitos surfistas que pode estar prestes a receber um recife artificial, segundo noticiou o site Maricá Info. No início deste ano, uma dotação orçamentária prevê o investimento de R$ 19 milhões para a construção dos corais, que deverão ser instalados em pontos estratégicos com o objetivo de fomentar não somente o esporte, mas também o turismo.
Em 2013 O projeto foi iniciado e é desenvolvido pela Aram (Arrecifes Artificiais Móveis). Nascida em 2005, a companhia faz parte da incubadora de empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Segundo Maurício Carvalho de Andrade, diretor da Aram, o recife artificial pode impulsionar o turismo marítimo no Estado do Rio de Janeiro, ao incentivar a prática do surfe e melhorar as condições de balneabilidade. Em Maricá, como grande parte das ondas quebram quase na areia, as estruturas ficarão a 60 metros da praia, com expectativa de gerar ondas para surfe durante todo o ano.
Os detalhes do projeto dos recifes artificiais ainda serão divulgados pela Prefeitura de Maricá, que já destinou a verba para implementar o projeto em 2019. Para que a estrutura comece a ser construída e fique pronta no próximo verão, o governo municipal tem trabalho no edital de licitação, que é muito complexo e vem sendo desenvolvido e modificado há anos, desde que a ideia de levar um recife artifical ganhou força.
Caso o fundo artificial seja concluído com êxito, Maricá vai se preparar para tentar promover uma etapa de peso do Qualifying Series, circuito qualificatório da World Surf League (WSL).
Segundo o Biólogo Henrique Youtuber, é necessário uma autorização do Inea e do Ibama e um estudo detalhado do local. “Precisa de um estudo de impacto ambiental bem amplo. É preciso que haja uma equipe de biólogos para poder estar acompanhando. Vai ter que ser analisado o deslocamento da areia, se vai ampliar a área de areia, se vai diminuir, se vai mudar a corrente. Esses estudos têm que ser feitos antes de tomar qualquer providencia. Pode ser um sucesso. Pode vir a frear o avanço das ondas, pra tornar o local de banho, visto que o mar de Maricá é um mar bravio”, disse.