O que você quer ser quando crescer? – O sujeito pergunta e o menino responde de pronto: Jogador de futebol? Os motivos são dois: Fama e dinheiro! Tudo bem mostrado na TV, jornais e revistas. Mas será que essa é mesmo a vida do jogador de futebol? Tem algumas coisas que precisamos saber.
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Até 2016, estavam registrados na CBF 28.203 atletas como jogadores profissionais;
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23.238 desses atletas ganhavam até R$ 1.000,00;
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Isso significa que 82,3% dos atletas ganha menos que outras tantas profissões;
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Apenas 226 jogadores no Brasil ganham mais de R$ 50.000,00;
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Esses 226 representam apenas 0,8% dos atletas de futebol;
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Dos 28.203 atletas com contrato ativo em 2015, apenas 11.571 mantiveram vínculo com o clube em janeiro de 2016;
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Então a taxa de desemprego entre eles foi 59%;
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Na época, 2015, a taxa de desemprego nacional era de 9%;
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Nesse período foram 7973 rescisões de contratos, ou seja, jogadores desempregados; além daqueles cujos contratos são feitos para acabar junto dos campeonatos estaduais;
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Com o fim dos contratos, esses jogadores desempregados vão procurar emprego fora dos campos. Não queriam trabalhar como garçom ou servente de pedreiro, mas não podem ficar desempregados e, geralmente, tem baixa escolaridade;
E ainda tem gente que ao encontrar um grupo de crianças diz que basta correr atrás da bola que o sonho se realiza. Que só depende dele. Uma grande mentira. Inventada pelo mercado, clubes e empresários.
*Rafael Alvarenga é professor de Filosofia e apaixonado por esportes