Após uma série de assaltos a vans, arrastões e pessoas sendo roubadas na Orla Bardot, nasce nas redes sociais movimentos de protesto contra a violência e insegurança em Búzios. Os movimentos estão divididos em dois grupos: De um lado os moradores que querem passeatas pacificas pedindo a paz e do outro um grupo mais ‘hardcore’ que quer fechar a entrada da Cidade, ninguém entra e ninguém sai.
Lucinha é pacifista e organizadora da passeata pedindo paz. Ela acredita que são vários fatores que interferem e que são cruciais para um movimento de paz no município. “Como se não bastasse o lixo, as moscas, os assaltos, que aliás, não são de hoje que acontecem, apesar de agora em maior proporção. Falar que assim está o Brasil não é desculpa, pois em Búzios todos sabem desde quando essa situação começou. Empurram com a barriga um grave problema de segurança pública que há muito começou. Búzios é pequena, vamos nos juntar em prol da nossa cidade e protegê-la enquanto é tempo”, diz Lucinha, mostrando fatos que ela considera relevantes para uma manifestação.
A organizadora do protesto reforça que esse é o momento de mostrar para todos a realidade de Búzios. “Me pergunto até quando vamos viver nessa hipocrisia. Hipocrisia de esconder, aos que visitam e estão em Búzios, o que estamos vivendo. Esconder o sol com a peneira não adianta. Melhor tomarmos providências agora do que deixar o nosso turista levar uma imagem negativa”, disse a Lucinha Camargo.
Por outro lado, há um movimento contrário a manifestação da paz, pode assim dizer, Hamber Carvalho, um dos ativistas de Búzios acredita ser um movimento “branco da paz”. “Por favor, não me convidem. Cansei, o branco da paz, não me impressiona. O grito dos discursos não mais me sensibilizam, as palavras de ordem perderam seu efeito. Não participo mais de passeatas pra juiz, prefeito ou governador abrir o diálogo”, disse.
Além desse discurso, Hamber foi enfático em suas palavras em uma rede social. Para ele só haverá solução quando forem tomadas atitudes mais extremas, que impactem e chamem a atenção das autoridades. “Ultimamente só aceito convites pra radicalizar, pois só assim é que o sistema se mexe. O sistema precisa ser afrontado, fora isso, sempre ficaremos nos ofícios, nos protocolos e nas reuniões, enquanto o carnaval não chega. Quer ir à Luta? Só se for à vera, com tudo e todos em cima. Pra começar, ninguém entra ou sai da cidade por 24 horas. Quem vai?”, enfatizou Hamber.
Tudo indica, que se a movimentação das redes sociais chegar as ruas de Búzios, as autoridades serão obrigadas a se mobilizar para reverter esse cenário de violência, que tem alarmado os moradores.