A obra é uma parceria entre o diretor de infraestrutura do IFF, Joilton Mendes, e a comunidade
O resultado de uma tese de mestrado, do diretor de infraestrutura do IFF, Joilton Mendes, virou um livro de rico valor para os remanescentes de quilombolas da Baía da Formosa, em Búzios. A obra fortalece o turismo étnico, assim, promovendo a visibilidade sociocultural da comunidade, além de fortalecer a prática de ações coletivas para conscientização da desigualdade social.
A obra chamada “Turismo Étnico, Quilombo Baía Formosa – Relações entre práticas locais e saberes acadêmicos” registra os valores e conhecimentos da comunidade, como o turismo ecológico, a história dos escravos na cidade e a educação ambiental, explicando como conviver com a flora existente no Parque Estadual da Costa do Sol e na APA (Área de Proteção Ambiental).
Alguns exemplares chegaram ao quilombo na terça-feira (13). O livro não pode ser vendido, por ser um trabalho acadêmico e deve ser apenas doado, mas por existirem poucos exemplares, as obras ficarão na própria comunidade quilombola.
Este é o primeiro exemplar criado sobre a história do Quilombo. Para Beth Fernandes, representante da comunidade, é um sonho, e o projeto é o caminho certo para levar produtos como a obra, inovações e fortalecer a comunidade.
“É uma importância muito grande ver um projeto, um sonho, que eu comecei a sonhar lá trás com a comunidade e agora ver esse sonho ser real junto com uma instituição é saber que estamos no caminho certo. É muito lindo! Tem uma importância imensurável ver um pedaço da nossa história dentro de um livro.”, afirma Beth.
Por: Natalia Nabuco, estagiária sob supervisão da jornalista Débora Evelin