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“Quem ama não mata”: Relembre o trágico caso Ângela Diniz

Socialite brasileira foi brutalmente assassinada pelo parceiro em 1976, no município de Armação dos Búzios, Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e gerou repercussão social.

Por Juan Lessa

O corpo de Diniz foi enterrado na cidade natal dela, Belo Horizonte, MG / Reprodução Internet

Ângela Maria Fernandes Diniz tinha 32 anos quando foi brutalmente assassinada por seu parceiro, o empresário Doca Fernandes do Amaral Street, que disparou tiros contra a companheira. O crime ocorreu no dia 30 de dezembro de 1976 em uma casa na Praia do Ossos, em Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, e causou grande comoção e repercussão na mídia.

O primeiro julgamento de “Doca Street” ocorreu no dia 16 de outubro de 1979 e foi realizado no fórum de Cabo Frio, RJ. O desfecho, ocorrido no dia 18 do mesmo mês, decretou que o agressor seria condenado a apenas dois anos de prisão. Entretanto, Street obteve o direito de cumprir a pena em liberdade sob o discurso, por parte da defesa, de que havia agido em legítima defesa da honra e “matado por amor”.

O movimento QANM ainda mantém entre as suas lideranças ativistas como a jornalista Myriam Chrystus. Ele luta pelo fim de todas as formas de violência e violação dos direitos das mulheres, declarando-se um movimento feminista e antirracista / Reprodução Internet

O desfecho do caso e o argumento da defesa geraram repercussão na mídia e sociedade. Mulheres se sentiram tocadas com a história e iniciaram diversos protestos pelas regiões do país. Em agosto de 1980 nasceu o movimento feminista “Quem ama não mata” em Belo Horizonte, MG. O movimento tem 42 anos de existência e surgiu com o discurso de proteção sobre as mulheres vítimas de violência e morte.

Os protestos por parte dos cidadãos, juntamente com um pedido de revisão do promotor da época, Sebastião Fador, fizeram com que um novo julgamento fosse realizado em 5 de novembro de 1981, quase cinco anos após o homicídio. Neste, “Doca Street” foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado, obtendo, no entanto, liberdade condicional.

A série narra a história de Alice (Marília Pêra) e Jorge (Cláudio Marzo), um casal brasileiro que enfrenta problemas na relação / Reprodução Internet

Todo o caso teve bastante relevância na mídia, tendo cobertura de telejornais como Globo Repórter, Jornal Hoje e Linha Direta Justiça, da Rede Globo. Além disso, houve também a criação da minissérie “Quem Ama Não Mata” em 1982, de Euclydes Marine, também da Rede Globo. A série foi inspirada em casos de violência que mobilizaram a opinião pública na época. A produção teve participação de Marília Pêra (Cobras e Lagartos) e Cláudio Marzo (Pantanal).

Ísis Valverde (A força do querer) e Marjorie Estiano (Justiça) são as atrizes escaladas para interpretar a socialite mineira / Reprodução Internet

Mais recentemente foi anunciado que duas produções audiovisuais sobre a vida de Ângela Diniz estão sendo produzidas: uma série para plataforma de streaming, ainda não divulgada, de Andrucha Waddington, e um longa-metragem do diretor Hugo Prata.  As produções ainda não receberam data de estreia, mas Isis já se mostra envolvida no processo. Em um post em suas redes sociais, a atriz contou que já está “mergulhada na história da personagem”. 

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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