O buziano Alexandre Verdade conta que da vontade de ajudar nasceu a corrente de solidariedade
Com o objetivo de ajudar as pessoas a permanecerem em casa, nesse momento em que o isolamento social é a melhor opção para se bloquear o avanço do coronavírus, foi criado o grupo no Facebook, “Quarentena Búzios, #corrente do bem”.
A frente da iniciativa, o buziano Alexandre Verdade conta que da sua vontade em ajudar pessoas impossibilitadas de sair de casa por pertencerem ao grupo de risco, nasceu a corrente de solidariedade que reúne a comunidade de Búzios numa grande ação de ajuda mútua.
“Nossa meta é incentivar as pessoas a fazerem o isolamento social recomendado pela OMS. Nessa etapa em que estamos, ficar em casa é o melhor caminho para evitar a propagação do vírus. Não é hora de por em cheque as medidas que vêm sendo tomadas pelos órgãos municipais, estaduais e federais. É hora de respeitar todas as autoridades constituídas. Somente com a união de todos, conseguiremos atravessar essa pandemia o mais rápido possível”, explica.
Através da rede social, o grupo começou a identificar as necessidades da comunidade e a trabalhar na busca de soluções, utilizando a experiência de cada um. Dessa forma, algumas frentes de ação foram criadas e o grupo se organizou para que alguns se dedicassem a fazer compras, ir à farmácia e pagar contas de idosos e pessoas do grupo de risco, enquanto outros se dedicam a parte de saúde física e mental. Profissionais do setor de saúde como enfermeiros e técnicos de enfermagem, se disponibilizam a ir na casa das pessoas para aplicação de vacinas, curativos, evitando que elas se dirijam aos postos de saúde. Também tem psicóloga oferecendo seus conhecimentos, postando mensagens e conversando com quem precisa de ajuda, principalmente quem está muito ansioso, uma advogada orientando questões jurídicas, o que muda com a chegada do vírus, e até uma pedagoga postando conteúdo infantil com atividades para famílias com crianças.
“Chamamos também o vice-presidente da Associação Comercial (ACEB), o Rodrigo, para orientar comerciantes e comunidade em geral sobre as ações do setor, e uma jornalista ajuda na seleção de conteúdo informativo sobre a questão do vírus em geral, postando matérias confiáveis, de origem segura”, acrescenta.
Alexandre conta que o grupo começou no dia 19 de março, e em apenas dois dias a corrente cresceu bastante. Entraram as empresas que oferecem serviço de entrega em casa, e aí o grupo catalogou farmácias, mercados, delivery de comida pronta, tudo para facilitar a permanência das pessoas em casa.
O próximo passo é a criação de um site para ampliar a divulgação das informações e conteúdo gerado no grupo do Facebook, e de acordo com Alexandre, já se pensa até no desenvolvimento de um aplicativo.
