O governador Cláudio Castro esteve em Búzios, na noite de segunda-feira (6), durante um evento de “Prestação de Contas” do prefeito de Búzios, Alexandre Martins. Durante a programação, que foi no Tennis Park, ele fez um balanço da atuação do governo e os desafios enfrentados desde que assumiu em 2020. Com a frase “Quando se trabalha sério e não deixa roubar, o dinheiro sobra”, Castro se referiu à crise fiscal superada naquele ano, em plena pandemia, e sobre ter a “missão” de vencer outra crise exposta no estado: a moral.
“Nosso estado passou por momentos muitos difíceis, passamos por graves crises ética, moral, financeira e fiscal. O estado que devia salário, que não consegue investir, mas sinceramente nós passamos das crises das crises que é a crise de credibilidade. No dia 28 de agosto de 2020, o cenário era terrível, faltavam R $2,6 bilhões para fechar o ano. Disseram que eu não ia conseguir pagar os salários de outubro, novembro e dezembro dos servidores e nem manter os hospitais, e a gente estava numa pandemia, além disso faltavam oito dias para vencer o parcelamento da dívida do governo. O estado não dialogava nem com o presidente (Jair Bolsonaro), nem com a Câmara dos Deputados, nem com o Senado e nem com os prefeitos. Minha vontade foi voltar pra casa”, contou.
Ainda segundo o governador, a primeira ação foi retomar o diálogo, inclusive chamar a cadeia produtiva para encontrar saídas. “Deu tão certo que eu consegui pagar os três salários e ainda ajudei com R $500 milhões os municípios. Fechei o ano com R $800 milhões em caixa e ainda deixei a dívida para o outro como a menor desde 2015”, destacou.
Em seu discurso disse também que a pandemia tinha deixado no estado ‘três tristes faces’: fome, miséria e desemprego. No balanço do governo foram criados o ‘Supera Rio’, programa de auxílio emergencial, que tem 300 mil famílias beneficiadas hoje; reabertos 7 restaurantes populares serão 30 até o final do ano com 80 mil refeições diárias; início do ‘RJ Alimenta’ com mil quentinhas distribuídas em 20 meses; e entrega de moradia, com previsão de 10 mil casas por ano até 2023, segundo ele casa prometidas em diversos municípios do estado. Ele disse ainda que o estado retirou os impostos do arroz, feição e botijão de gás no estado.
A programação reuniu o anfitrião, o prefeito de Búzios Alexandre Martins; o senador Romário, o deputado Rodrigo Bacelar, o presidente da Câmara de Búzios, o vereador Rafael Aguiar, além de representantes da sociedade civil e de entidades representativas.