Grupo arrecada itens básicos de sobrevivência nesse período de quarentena
“Amor ao próximo” não é só um versículo bíblico (Mat. 22:37) ou, para muitos, uma frase de efeito, é o ato de se solidarizar e demonstrar afeto. A frase deu nome a um projeto social em Macaé, criado por um grupo de amigos nesse período de quarentena para ajudar famílias que não têm condições de adquirir itens básicos de sobrevivência. Para isso, eles estão arrecadando alimentos não perecíveis, roupas de cama, materiais de limpeza e de higiene pessoal, roupas e calçados.
Segundo o funcionário público, Bruno Nascimento, participante do projeto, a ideia inicial era ajudar os idosos que não tinham como sair de casa, por fazerem parte do grupo de risco de contaminação e, ainda, por não ter condições financeiras. Mas em poucos dias o projeto foi ampliado.
“Ao longo dessas quase duas semanas do “Amor ao próximo”, pessoas nos procuraram pedindo ajuda, amigos foram indicando outras famílias; e assim a gente está arrecadando itens para diminuir um pouco o sofrimento com a crise do coronavírus”, explicou Bruno, contando ainda, que a expectativa é ajudar até o fim desta semana 80 famílias do município.
As doações podem ser feitas de duas maneiras: levar os itens no Centro de Distribuição (CDD), que funciona no Hotel Champs Dumont, localizado na Rua Abílio Moreira de Miranda, 282, no Alto da Imbetiba, das 8h às 17h; ou pedir o recolhimento domiciliar por meio dos telefones dos organizadores : (22) 9.8100-9062 / 9.9877-8931/ 9.9784-0738/ 98128-0665. Todos os itens passam por protocolo de limpeza.
Além dos materiais básicos de sobrevivência, o grupo também pede ajuda de outro item que tem sido fundamental nesse momento de pandemia do coronavírus: as máscaras de proteção descartáveis.
“Convidamos as costureiras que puderem doar o tempo para confeccionar máscaras, que nos procure. Nós cedemos a matéria-prima. Esse item de proteção é indispensável para evitar contaminação’, pediu a idealizadora do projeto, Jussara Luz, que também está costurando, assim como algumas amigas que abraçaram a causa.
À medida que as máscaras ficam prontas, vão sendo distribuídas para quem está no grupo de risco, e vendendo para quem tem poder aquisitivo maior no valor de R$ 1 (um real), convertido em alimentos para ajudar mais pessoas.
Além do Bruno, fazem parte do projeto o empresário, Dirceu Padilha, que doou o espaço do seu hotel para ser ponto de recebimento dos objetos, e a funcionária pública, Raquel Guri. A ação conta com apoio da Coordenadoria de Programas Sociais da Secretaria de Ordem Pública, que faz transporte do material arrecadado.