Iniciativa começou em junho deste ano e atende 32 pessoas
A ressocialização é fundamental para que pessoas punidas pela execução de crimes se reintegrarem à sociedade. Ao se sentirem acolhidos, úteis e com direitos básicos garantidos, os apenados encontram em projetos sociais a chance de mudar de vida. Em Búzios, a Secretaria de Segurança e Ordem Pública, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Renda, desenvolve o projeto “Renovando Vidas”, que disponibiliza serviços comunitários e oportunidades aos infratores.
O projeto foi criado em junho deste ano e já atende 32 pessoas. Funciona como um centro de recuperação com conversão de pena punitiva em cursos profissionalizantes; parceria com o Balcão de Empregos, sendo ofertadas oportunidades de trabalho, diretamente para os integrantes do projeto; Programa Pais Presentes, onde uma vez por mês é realizado uma palestra com orientações, acompanhado de psicólogos do município; e café da manhã no dia do serviço comunitário, como forma de interagir entre si, formando uma força conjunta de união nas atividades do dia.
O encaminhamento e carga horária quem decide é a justiça. Conforme o que é estipulado, a Secretaria organiza os tipos de serviços e os locais onde serão realizados. Eles atuam cortando grama, limpando pontos de ônibus, prédios públicos, praças, escolas entre outros.
“Alguns apenados têm que pagar com trabalho durante os 7 dias da semana, sendo 1 hora por dia; mas existem aqueles que só precisam cumprir 4h semanais. Nós organizamos os dias de trabalho conforme disponibilidade deles. Muitos acabam cumprindo toda a carga horária aos sábados, por trabalhar durante a semana; e quem trabalha aos fins de semana, a gente organiza para cumprir a pena durante a semana. Temos parceria com comerciantes locais para fornecimento de almoço e lanche. Também encaminhamos para um centro de reabilitação àqueles que têm algum tipo de dependência química e desejam se tratar”, explicou o secretário de Segurança e Ordem Pública, Sérgio Ferreira.
Ainda de acordo com ele, a pena no qual são submetidos tem o caráter punitivo pedagógico. “A continuidade na vida errada está por muitas vezes atrelada a falta de orientação ou mesmo um incentivo a se qualificar, na falta de um emprego, que talvez nunca fora ofertado a essa pessoa ao longo de sua vida”, finalizou o secretário.