Em parceria com o Projeto Mar Sem Lixo, o Instituto Aprender Ecologia e a Ecolocal – ambos de Santa Catarina, participaram de uma ação conjunta para a instalação de uma ecobarreira, no Rio das Moças, em Saquarema, na última quinta-feira (29). A ação tem como intuito evitar a chegada do lixo à lagoa, e consequentemente ao mar.
O evento contou com a participação de estudantes da rede municipal de ensino, da Escola Municipal Jardim Ipitangas, de Praia Seca. Uma roda de conversa com a equipe das instituições envolvidas aconteceu no local, abortando a temática dos impactos do lixo nos ecossistemas marinhos e, consequentemente no surf. Além disso, um mutirão de plantio de mudas nativas também ocorreu à beira do Rio.
O presidente da ONG Aprender, Fabrício Almeida, que estava presente na ação, relata sobre a importância da preservação da natureza na região. “Saquarema está na Região dos Lagos, onde rios que descem da Serra do Mar passam por centros urbanos e deságuam em lagoas, que se conectam com o mar por meandros. Estes rios são essenciais no ciclo de vida de muitos animais marinhos, porém também são conexões que levam poluição ao oceano. Chamamos todo esse conjunto de Ecossistemas de Surf”, ele comenta.
Ecobarreira
O projeto da Ecobarreira faz parte da parceria Ecossistemas de Surf Brasil, entre a APRENDER e a Conservação Internacional Brasil e esta sendo executado devido ao apoio da Corona, da WSL One Ocean e da WSL Pure. O Projeto Mar Sem Lixo desde 2019, vem participando através de parcerias com grandes instituições nacionais e internacionais como parceiro nas ações da WSL com o seu núcleo de Saquarema.
A ecobarreira, que ficará instalada e será monitorada por 60 dias, é simples porém eficaz para barrar lixo que desce o rio pela superfície, em sua maioria plásticos. Cerca de 80% do plástico nos oceanos, chegam lá através dos rios.
A vice-presidente do Projeto Mar Sem Lixo, Gisele Letieri comenta sobre o uso desse equipamento para garantir a qualidade da água. “O uso dessa tecnologia é muito importante para a manutenção da qualidade de rios e arroios frente o grande descarte incorreto de resíduos. Mas não pode ser considerada a única solução para nossos corpos hídricos, ainda é necessário investir em educação ambiental para que os resíduos não sejam descartados incorretamente”, ela enfatiza.