De acordo com professores da rede municipal, os alunos devem voltar à sala de aula no dia 16 de agosto
Os profissionais da Rede Municipal de Ensino de Educação do município de Armação dos Búzios foram surpreendidos, nesta quinta-feira (29), com o comunicado da Secretaria de Educação, Ciências e Tecnologias para retomada das atividades presenciais, já a partir da próxima segunda-feira (2).
De acordo com o documento, a carga horária será normal conforme o Regimento Escolar Básico do município: unidades escolares de dois turnos funcionarão das 7h às 17h; e de três turnos, das 7h às 22h30. O documento não apresenta data para retorno dos alunos, mas os professores disseram à Prensa que a previsão é para o dia 16 de agosto. Os docentes questionam o porquê da necessidade do cumprimento da carga horária completa, se não terá alunos nesse primeiro momento nas unidades.
O comunicado informa ainda que a direção de cada escola deverá informar à Secretaria os nomes dos professores que aderiram à Greve pela Vida e registrar as faltas. Quanto aos servidores enquadrados no grupo de risco da Covid-19, deverão preencher o Termo de Responsabilidade, anexando o laudo ou comprovação médica. Mesmo com a apresentação dos documentos, eles serão, posteriormente, encaminhados ao Médico do Trabalho pela pasta.
A direção do Sepe Lagos discorda do posicionamento da Prefeitura de retornar às aulas presenciais neste momento. Entre os pontos abordados pelo colegiado estão a falta de infraestrutura das unidades e de medidas de segurança sanitária.
“A prefeitura não investiu na adaptação das escolas, não aceita negociar a adoção de um protocolo sanitário que seja rígido e realmente eficiente para prevenir contágios e se recusa, enquanto empregadora, a fornecer os equipamentos de proteção individual adequados aos trabalhadores da educação para que tenham proteção respiratória eficaz. Não houve treinamento adequado dos profissionais para prevenção da Covid-19 e nem quanto à correta utilização de EPIs”, explicou a nota.
Ainda segundo o posicionamento do colegiado, os professores ainda não receberam a segunda dose da vacina contra à Covid-19 e a maioria da comunidade escolar não recebeu a primeira. “A retomada das aulas, da forma como está sendo realizada, terá consequências graves para a saúde e a vida de alunos, profissionais da educação e demais integrantes da comunidade”, finalizou a nota.