Os problemas na Educação de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, continuam. Segundo alguns professores, o Secretário municipal de ensino determinou que contratados trabalhassem 24 tempos em salas de aula. “Sem isonomia salarial (como concursados) sem planejamento, sem folga”, alegaram. Os profissionais seguem de greve e, de acordo com o movimento, “o professor que faltar, vai ser exonerado, os contratados. Sabemos que educação é via de mão dupla, mas o que seria mão dupla, para o jocoso “filósofo” educacional, que sonha em escravizar professores?”, questionam.

A Secretaria de Educação de São Pedro colocou todos os contratados para 20 horas/semanais, a pegarem 12 turmas. Agora são 24 tempos que, segundo a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) corresponde a 20horas/semanais, e o salário de R$ 1.200. Apenas os contratados, os concursados seguem da mesma forma, dando 14 tempos. “Gente, eu francamente estou apavorada com tudo que está acontecendo”, relata uma professora.

O questionamento fica por conta das 20 horas. Eles questionam como seria feito a preparação de aula, conteúdo programático para os alunos com esse tempo destinado, já que teriam que estar o tempo em sala, segundo os profissionais. O que seria inviável, já que não pagaria hora extra.

Na última semana, na quinta-feira (26), centenas de servidoras da educação de São Pedro da Aldeia estiveram presentes em uma grande manifestação em frente a prefeitura municipal. Dentre as diversas pautas estava a luta pelo cumprimento do PCCR, vale refeição, cumprimento do 1/3 de planejamento dos educadores e fim dos sábados letivos.

De acordo com os manifestantes,  na última sexta-feira (27) uma comissão foi recebida pela prefeitura para continuar a discussão das pautas e mais uma vez os  trabalhadores estarão nas ruas.

Nota da Secretaria de Educação

Senhores Pais e Alunos, acreditamos na importância da educação para o desenvolvimento de nossas crianças. Prover uma educação de excelência, com boas condições de trabalho para os nossos servidores, é o objetivo central de nossa missão.

No momento delicado que vive o país, nossos profissionais da educação estão com seus salários em dia. Também o transporte e a merendas escolares estão em dia. Fizemos concurso e demos posse a centenas de profissionais da educação, ainda com outros concursados por vir.

Mesmo assim, somos questionados por melhoras; o que apoiamos. O diálogo é a melhor forma de solucionar as reivindicações dos profissionais da educação. No entanto, não podemos permitir que, durante negociações, seja frustrado o direito maior de nossas crianças às aulas. É primeira obrigação nossa garantir que as crianças encontrem abertas e funcionando com plenitude as escolas para as quais se dirigem todos os dias.