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Professor de Macaé lança livro em comemoração aos 25 anos de carreira

O professor de Macaé, Paulo Emílio Azevedo lança neste domingo, dia 17, seu 18º livro “A esperança é uma segunda-feira com cãibras”, da Fundação Paz. O lançamento é alusivo aos 25 anos de carreira do professor e será realizado pela plataforma virtual Zoom, às 20h.
A obra contém 200 páginas e é dedicada aos mais de 25 mil alunos do professor. É o sexto e-book de Paulo Emílio e o primeiro, exclusivamente de contos.

Sobre a obra
Após concluir a redação do texto, o autor foi além e construiu uma dinâmica entre trinta e dois discentes bastante representativos. Na ocasião, cada um deles recebeu um conto para comentar, ilustrar, performar e/ou fazer anotações de forma livre.

Capa do livro “A esperança é uma segunda-feira com cãibras”, de autoria do professor Paulo Emílizo Azevedo

O que se tem ao final de cada texto são partes dessas considerações que o autor chamou de “Primeiro leitor”. Desse modo, o inaugural se sintoniza com a ideia de conferir alto grau de reconhecimento à reação dessa leitura inicial e interpretação do aluno sobre a narrativa , a voz do aluno sempre lhe interessou. Por conta disso, o prefácio também recebeu tal tratamento, sendo assinado pelo faminto leitor Victor de Paula. Quanto ao autor, ele acredita no conhecimento como espaço do incompleto, onde esse incompleto é fruto, sobretudo, de interações e não apenas da solidão. A obra está composta em trinta e um textos distribuídos em: prólogo, seguido de párodo, cinco episódios intitulados (“Texturas do devir”; “Conversas (a)fiadas no pilotis”; “Tons pastéis de durée”: Partículas de ágon” e “As crianças e outros mundos possíveis de eudaimonia”). Em especial neste último, dedicou-se cada conto à memória de Manoel de Barros, aquele que nunca se distanciou da infância. Entre os episódios, intercalam-se estásimos e, por fim, o epílogo como êxodo. Apesar do arquétipo do livro configurar formato aristotélico de tragédia grega, a influência das fábulas adota além da presença do ágon também uma aproximação com o durée em Bergson, o devir em Deleuze, a crueldade em Artaud e a busca por uma linguagem que lhe confira a identidade emiliana.
Nesse trânsito, as personagens interagem com o tênue espaço entre o bisturi testemunhado o primeiro choro e o corpo dando adeus na forma de pranto. Entre uma extremidade e outra pode acontecer a revelação de outra personagem, cujas características destoam da catatonia teatral/literária que ainda se faz tão contemplada. Ela, uma anti-heroína, decidiu entrar em ação com a fim de desmascarar uma vilã, sem escrúpulos mas, muito sedutora, que vem, segundo o autor, há tempos adestrando a nossa passividade. Mais que isso, corroborando no adiar do nascimento de outro tecido social, afetivo e estético no cotidiano.
Para Paulo, a esperança é uma forma sutil de controle, biopoder que atua no ventre da insegurança à adoração de um retrato de mundo idealizado, fetichizado e prometido. Imagem ou souvenir recorrente ao apelo da compra dos serviços de um Deus inventado que prometera salvação desde que verificável plena obediência. A esperança é a irmã siamesa do medo, nutre-se da tristeza e promete um futuro – “cadê?” Ele nos cutuca. Foi, pois, preciso desmascará-la, enfrentá-la e quem sabe, matá-la. Mas, logo de primeira lança e não por última ordem como, em geral, se é acometido por tal deslumbre. Paulo nos convida à contramão: “Chega de cãibras, caminhemos com dignidade!”
Ao longo de sua trajetória, seja desenvolvendo uma série de projetos, fundando metodologias e conceitos, criando espetáculos, performances, peças e tantas outras ações, a marca de Paulo está no fomento às potências do ser humano
Sobre o autor
Paulo Emídio Azevedo é professor, pós doutor em Políticas Sociais e Doutor em Ciências Sociais com especialização em Antropologia do Corpo e Cartografia da Palavra. Escritor, criador no campo das artes cênicas e consultor na área de Educação e Cultura, cuja pesquisa tem por objetivo refletir sobre outras formas de comunicação aos diversos protagonismos e redes de sociabilidade na sociedade contemporânea.

Paulo Emílio de Azevedo é professor pós doutor em Políticas Sociais e Doutor em Ciências Sociais com especialização em Antropologia do Corpo e Cartografia da Palavra.

Recebeu diversos prêmios, entre eles “Rumos Educação, Cultura e Arte” (2008/10) através do Instituto Itaú Cultural e “Nada sobre nós sem nós” (2011-12) no âmbito da Escola Brasil/Ministério da Cultura.
Sendo um dos introdutores das práticas do poetry slam no Estado do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo uma série de ações no campo da palavra falada e performance poética. Em 2018 representou o país na Journée d’Etudes Cultures, arts et littératures périphériques dans les Amériques: une approche transnationale de la production, la circulation et la réception em Lyon (França). Tem dezessete livros escritos, sendo três bilíngües. Coordena a Rede Cia Gente e orienta conteúdos para Fundação PAz – plataforma que registra e protege sua produção intelectual. Com esse completa dezoito livros publicados. Paulo é pai do Hiago, que considera sua obra-prima.

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Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

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