Nascido em Niterói, Octavio Fagundes, na década de 80 era um programador de computador bem sucedido, cursava faculdade de analista de sistemas e trabalhava na extinta Rede Ferroviária Federal como programador. Mas não estava satisfeito, e em 1990 deu um salto ousado: Se mandou pra Nova York e lá, trabalhando como motorista de limusine, se apaixonou pelas luzes da noite novaiorquina e passou a vivência-la intensamente.
“Era o início da música eletrônica, da house music. Nasceu em mim o sonho de montar uma discoteca, se chamava assim na época: hoje é clube.”, conta com seu entusiasmo característico.
Em 1992 Octávio aportou em Juiz de Fora, Minas Gerais, e lá montou sua primeira discoteca, a Front. Um sucesso. Feita com poucos recursos, seguindo o que aprendeu em Nova York, em um esquema mais underground, “uma “NOITE de porão mesmo. Mas cheia de alma”. Foi paralelo ao comando da Front que foi convidado a ser sócio na produção de shows. O primeiro show foi logo o lendário Tim Maia. Desde lá Octávio não abandonou essa vertente e vem trabalhando nisso até hoje, já tendo feito praticamente todo mundo da cena nacional, dos artistas de rock passando pelo Axé, até Roberto Carlos.
A Front durou cinco anos. Em 1999 veio a hora da grande ousadia: a criação da Privilège. Mais que um clube de música eletrônica, ainda em Juiz de Fora, uma marca referência mundial começava a nascer.
Uma construção do século 19, um chalé inglês adaptado em um projeto arquitetônico incrível unindo harmoniosamente o antigo e o moderno, no topo de uma montanha cercado por mata nativa. É claro que o projeto deu certo e virou um orgulho da cidade. E também começou a atrair os cariocas que subiam pra Juiz de Fora (ainda sobem) pra passar o final de semana.
Mas foi em 2003 que a marca chegou a Búzios, no Rio de Janeiro e aí é o próprio Octavio que diz: “Búzios nos deu uma visibilidade a nível Brasil e mundo. O Clube se transformou nesses 14 anos em uma referência de música eletrônica pelo mundo à fora pra quem esta antenado na cena eletrônica. E a partir de Búzios começamos a desenvolver projetos no Rio de Janeiro. São, em média, de 10 a 12 eventos por ano no Rio de Janeiro”.
Privilège Festival inaugurou um 7 de setembro diferenciado em Búzios
O Privilège Festival, a principio concebido para ser um evento open air, no molde do que já acontece pelo Brasil e mundo a fora, foi realizado durante o feriadão da Independência com outro formato.
A notícia de que Privilégie iria fazer um “super festival de música eletrônica” foi publicada em primeira mão pelo Prensa e viralizou rapidamente pelas redes sociais. No entanto, Octavio conta que houve uma resistência muito grande das associações empresariais da cidade, e o grupo decidiu recuar: Ao invés de acontecer em um só dia e em apenas um local, foram cinco festas em três dias e em três diferentes espaços da cidade: na PRIVILÈGE BÚZIOS e em outros dois espaços a beira da badalada e linda praia de Geribá. Tudo isso levando atrações internacionais consagradas. O resultado? Mais um sucesso.
“Estamos muito satisfeitos com o retorno do festival, o público saiu encantado com as festas. Também temos certeza que movimentamos bem a economia da cidade durante o feriado. Ficou nítido aos olhos de todos que tinha um público muito bom que veio a cidade para as festas e com certeza continuaremos com esse evento no ano que vem.”, comemorou Octávio já dando a boa notícia do biz.
Privilége fará mais uma vez o After Party do Rock in Rio
A Privilége mais uma vez comandará o After Party do Rock in Rio, que acontece agora no mês de setembro na Cidade do Rock, montada em Jacarepaguá no Rio de Janeiro. Rolando nos dias 15 a 17 e 21 a 24, o After Party acontecerá numa bela estrutura no back stage da Eletrônica, dentro do próprio festival. Ao final dos shows nos palcos espalhados pela cidade do Rock, a festa continua com grande DJs até depois do amanhecer.
“É uma satisfação estar nesse que é o maior festival de música do mundo. A música eletrônica tendo ganhado cada vez mais espaço ao longo das últimas edições do Rock In Rio e esse ano culminando com grandes atrações em um palco fantástico. Com isso a música eletrônica deixou de ser uma participação coadjuvante e tornou-se protagonista. E pra marca Privilège é uma honra estar aqui. Eu sou a pessoa do grupo que está à frente dessa empreitada e está sendo enriquecedor profissionalmente e uma satisfação pessoal estar em um evento tão profissional com uma equipe tão capacitada.”, finalizou enquanto começava a passagem de som na Cidade do Rock.