Chamas foram controladas rapidamente em ação conjunta do Instituto Ecológico Búzios Mata Atlântica e da Associação de Moradores
Um princípio de incêndio na APA Pau Brasil, dentro do bairro Caravelas, em Búzios, assustou moradores na manhã desta quarta-feira (16). A ação rápida e conjunta do Instituto Ecológico Búzios Mata Atlântica (IEBMA) e da Associação Civil Village Praia das Caravelas (ACVPC) controlou as chamas. Os agentes florestais da Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foram acionados e, neste momento, realizam o rescaldo.
Segundo o diretor-assistente do IEBMA, Daniel Lopes, o incêndio aconteceu na entrada da Praia de Caravelas, há uns 800 metros da estrada de chão. Os agentes do Corpo de Bombeiros Búzios e Cabo Frio foram acionados, mas como estavam em ocorrência, não puderam comparecer ao local. Mas rápida ação da equipe do Instituto e da Associação evitou perdas ambientais, danificando apenas 200 m² de área.
“As causas ainda são desconhecidas, mas é bem provável que alguém tenha colocado fogo no local, não podemos afirmar isso. Mas estamos com um problema que em toda borda da floresta está com capim colonião, uma planta exótica que cresce com muita facilidade, e, em época de estiagem, chega a ficar 70% seco virando foco fácil para incêndio. Qualquer contato com bituca de cigarro, por exemplo, pode pegar fogo. Seria importante os responsáveis pelas unidade de conservação eliminar esse capim das bordas das reservadas, porque é um grande inimigo florestal”, alertou Daniel.
As equipes de manutenção do Condomínio Caravelas e da Associação, representada por Marcelo Nunez, também auxiliaram no trabalho inicial.
Sobre a APA Pau Brasil
A APA Pau Brasil é uma unidade de conservação protegida pelo Parque Estadual da Costa do Sol (PECS). Ela tem 10.564 mil hectares, e é uma das últimas unidades de mata atlântica original da costa brasileira, nem reflorestada e nem desmatada. Se estende da Praia de José Gonçalves, passando pela Praia de Caravelas, ambas em Búzios, até a Praia do Peró, nos limites de Cabo Frio.
A unidade de conservação foi criada por decreto estadual, em maio de 2002, e conserva 574 mudas e árvores que dão nome ao local, jovens e maduras, e também plantas raras como a orquídea de baunilha, que crescem nos troncos de pau-brasil, além de 30 espécies de bromélias, que retém água e servem de fonte para os animais em tempo de seca, em especial o mico leão dourado e o bicho preguiça.