O primeiro mercado fixo de moda circular do Brasil, na Barra da Tijuca, se torna o epicentro da moda sustentável no Rio de Janeiro com a inauguração do Cycle Market. O espaço, que foi aberto nesta quinta-feira (4), no Aerotown Power Center, traz como diferencial uma estrutura exclusiva com mais de 100 marcas que se dedicam ao consumo consciente, numa proposta de ressignificar as compras e gerar um ecossistema inovador, reduzindo os impactos do alto volume de itens descartados mesmo em bom estado e que deixam os armários, para se degradar em meio à natureza.
Segundo a idealizadora do empreendimento, Ana Mayworm, o Cycle Market é mais do que um simples mercado de moda. “Essa é uma proposta revolucionária que une brechós, upcycles e lojas convencionais que incluíram e desenvolveram práticas sustentáveis em sua cadeia produtiva. O nosso principal objetivo é tornar essa vertente da moda acessível a todas as classes sociais, democratizando isso por meio de preços que atinjam a todos os públicos, além de contar com uma abordagem inclusiva”, detalha.
A expectativa é de movimentar R$ 500 mil em apenas uma semana. Conforme as estimativas da organização, o consumo médio deve ser de R$ 100,00 por visitante, impulsionando as vendas de empresários dos mais distintos nichos.
O descarte de roupas é um problema ambiental significativo em todo o mundo, com impactos negativos em termos de desperdício, poluição e uso de recursos naturais. Segundo a Ellen MacArthur Foundation, estima-se que o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupas é descartado a cada segundo em todo o mundo. Muitas peças descartadas acabam em aterros sanitários. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Environmental Protection Agency (EPA) estima que cerca de 10,5 milhões de toneladas de têxteis foram geradas em 2015, com apenas 15,3% sendo recuperadas para reciclagem.