Vivendo um dilema, a educação de Búzios se torna cada vez mais uma novela. Após diversas tentativas de acabar com turmas de escolas do Ensino Médio, a Prefeitura de Búzios perdeu na justiça e na tarde do dia 19 o juiz de plantão da Comarca da Búzios determinou que o município de Armação dos Búzios restabeleça as vagas extintas no Ensino Médio no Colégio Municipal Paulo Freire, centro, como também no INEFI, bairro Rasa. Inclusive os turnos da noite, e proibindo também a criação de novas vagas no Colégio Estadual João de Oliveiras Botas sem antes haver um prévio estudo de viabilidade de impacto.
Sabendo disso, a Prefeitura entrou com um recurso e espera a sentença até a próxima quarta-feira (28), algumas pessoas ligadas à Secretaria de Educação acreditam que a resposta o juiz saia nesta segunda (26) ainda. Nesse processo todo as aulas não voltaram na cidade.
Nesta segunda mais uma manifestação acontece em frente ao prédio da prefeitura. Alunos do colégio Paulo Freire, no que seria o primeiro dia de aula, receberam a informação de que não havia professor para as turmas (horário não estava definido) e segundo os estudantes não havia nem merenda.
A Secretaria de Educação recebeu os alunos e professores e, de acordo com os presentes, a secretaria garantiu que a merenda chega hoje (26) nas escolas. A secretária de educação, Deise Gonçalves, disse para os manifestantes que aguarda a decisão do juiz para saber qual passo ser dado. Professora Mônica, diretora do SEPE, explicou um pouco da situação.
“Sou professora da escola e diretora do Sepe Lagos, o sindicato da educação. A prefeitura decidiu fechar turmas em janeiro. Há previsão de verba para o ensino médio na Lei Orçamentária foi aprovada em dezembro. O que mudou de dezembro para janeiro? A população quer o ensino médio municipal. Sabemos que muitos não irão estudar se essas vagas não forem abertas. Queremos educação e merenda de qualidade para os filhos dos trabalhadores. E vamos continuar lutando por isso”, disse.
Desde o ano passado professores, alunos e pais estão “brigando” para que o Ensino Médio no Colégio Municipal Paulo Freire não acabe. Diversas manifestações, passeatas, reuniões, audiência pública e até a ocupação da Prefeitura foram realizadas.