Usuários da estrada Cabo Frio-Búzios, especialmente, nas proximidades do Balneário Búzios, na Rodovia RJ-102, na altura da entrada de José Gonçalves (sentido Cabo Frio), se manifestaram indignação com uma intervenção viária que redesenhou o trecho para criar uma entrada de acesso a um condomínio em construção logo após o entroncamento.Segundo motoristas e ciclistas, a obra resultou na eliminação completa do acostamento, comprometendo a segurança viária.
O acostamento é essencial tanto para veículos com problemas mecânicos quanto para ciclistas e pedestres / foto Prensa de Babel
“O trajeto foi modificado para favorecer o acesso ao ‘condomínio’, mas acabou inviabilizando o uso do acostamento, que é fundamental para paradas de emergência e também para quem pedala pela rodovia”, relatou um frequentador assíduo do trecho. Moradores e usuários criticam a priorização do interesse privado em detrimento da segurança pública, destacando o risco aumentado de acidentes.
O acostamento é essencial tanto para veículos com problemas mecânicos quanto para a circulação segura de ciclistas e pedestres.Até o momento, não houve manifestação oficial do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), responsável pela rodovia, mas a Prefeitura de Búzios se posicionou na última sexta-feira (23).
Em nota à Prensa, a Prefeitura de Búzios esclareceu que a intervenção em andamento na Rodovia RJ-102, nas proximidades do Balneário Búzios, é uma obra particular, contratada e executada pelo próprio empreendimento por meio de empresa especializada.“A obra é resultado de cumprimento de exigências determinadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro (DER-RJ), órgão responsável pela gestão da rodovia estadual RJ-102. Dessa forma, qualquer dúvida, questionamento ou solicitação relacionada à intervenção deve ser direcionada ao DER-RJ, que detém a jurisdição sobre o trecho em questão”, informou a prefeitura.
Ainda segundo a nota oficial: “Ressaltamos que a Prefeitura de Búzios não possui competência legal sobre intervenções em rodovias estaduais, limitando-se à atuação dentro da malha viária municipal”. A Prensa entrou em contato com o DER-RJ, responsável pela fiscalização e autorização da intervenção, para obter o posicionamento do departamento sobre as internvenções na estrada, e aguarda retorno.