Denúncia de moradores de Macaé apontam superlotação nos ônibus da cidade e preocupação com o contágio pelo Covid-19
Um dos maiores desafios do distanciamento social para evitar o contágio da Covid-19 é controlar o fluxo de pessoas dentro dos transportes públicos. Atualmente, onze meses após o início da pandemia no Brasil, os moradores de Macaé ainda questionam a aglomeração nos transportes públicos da cidade.
Em uma denúncia feita à Prensa, a população aponta que as empresas de ônibus tem circulado com um grande número de pessoas nos veículos, o que é preocupante diante do aumento de casos de contágio pelo vírus. Nas redes sociais, moradores convocam a população para fazer denúncias ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
“Nos últimos meses, temos enfrentado a patifaria de ter todo dia um ônibus quebrado. Para quem não sabe, pagamos R$ 1 na passagem, mas a passagem inteira custa R$3,50 e quem paga os outros restante também somos nós, pois é pago pelo Poder Executivo com dinheiro público, ou seja, o dinheiro da sociedade, porque até uma bala que compramos contém impostos. Precisamos tomar posse dos nossos direitos, não precisamos que mais ninguém que amamos morra por irresponsabilidade dessas empresas que só visam o lucro nas costas do povo trabalhador”, afirma uma das residentes da cidade.
Os denunciantes afirmam já terem entrado em contato com a Comissão de Transportes da Câmara Municipal, mas ainda não obtiveram respostas. Os depoimentos afirmam que a superlotação dos veículos se deve à diminuição das linhas, que foi notada pelos passageiros desde o início da pandemia.
As linhas de ônibus que circulam no município são de responsabilidade da empresa SIT Macaé. Apesar da cobrança, a empresa ainda não se manifestou publicamente sobre a questão.
A Prensa questionou a Prefeitura de Macaé sobre a superlotação do transporte público. Em resposta, o órgão afirmou que desde o início do ano, com a nova gestão intensificou as cobranças e fiscalizações em cumprimento à legislação vigente e ao contrato de concessão do transporte coletivo urbano (Sistema Integrado de Transportes – SIT).
Em nota, o Governo Municipal explicou que “a Secretaria de Mobilidade Urbana, por meio da Coordenadoria Geral de Transportes, vem realizando diligências aos terminais e pontos finais de linha, com ações de fiscalização, sanções administrativas, com autuações e notificações, para que seja adequado, conforme decretos e leis em vigor, o serviço prestado à população”.