Foi detido a manhã desta terça-feira (14) Felipe Picciani, filho do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Jorge Picciani (PMDB), em uma nova fase da força-tarefa fluminense da Operação Lava Jato.
Felipe, um dos quatro filhos de Jorge Picciani, recebeu voz de prisão em Minas Gerais, onde a família tem uma fazenda. De acordo com a Polícia Federal (PF), ele é suspeito de lavar dinheiro de propina a partir de transações envolvendo negócios do ramo agropecuário que pertencem a sua família.
Nestas mesma manhã Picciani pai foi levado por agentes para prestar depoimento na sede da PF antes da notícia da prisão do filho.
Os Picciani são alvo da Operação batizada de Cadeia Velha. Foram presos ainda na mesma operação o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) Lélis Teixeira.
.O patrimônio de Jorge Picciani evoluiu de forma considerável ao longo das últimas duas décadas – e sempre à medida em que ele se tornava um dos políticos de maior destaque no Rio de Janeiro.De acordo com a Agência Lupa, Patrimônio de Picciani cresceu 893% em 20 anos
(atualizado 15h11) Jorge Picciani na tarde desta terça-feria, publicou uma nota, através de sua assessoria, em que demonstra estar indignado com a prisão de seu filho. Define o ato como uma covardia.
“Felipe é um zootecnista, bom pai, bom filho, bom amigo, que trabalha de sol a sol e não tem atuação política. Todos que o conhecem o respeitam e sabem do seu caráter e correção.Nossa família atua há 33 anos no ramo da pecuária, onde ingressei antes de me eleger deputado. Com trabalho duro, nos transformamos numa das principais referências em alta genética do País. Trinta e três anos não são trinta e três dias.”, diz em trecho da nota.
E ainda afirmou que jamais recebeu vantagens em troca de favores.
“Em toda a minha carreira jamais recebi qualquer vantagem em troca de favores. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro não atua a serviço de grupos de interesse, não interfere em aumento de tarifas (que é autorizado pela Agetransp) e não votou isenção de IPVA para ônibus, porque isso foi feito por decreto pelo ex-governador (decreto 44.568 de 17/01/2014), quando eu nem sequer tinha mandato. São portanto falsas as acusações divulgadas”, finalizou.
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