O incêndio que destruiu o prédio administrativo da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae ) de Búzios, no dia 24 de abril, pode não ter sido por pane elétrica, conforme as primeiras linhas de investigação da polícia. Imagens de câmeras de segurança mostram que naquela madrugada duas pessoas pularam o muro da instituição, o que aponta para uma possível ação criminosa. O laudo definitivo ainda não foi divulgado. Veja toda a movimentação:
Segundo a presidente da instituição, Lina Porto, as imagens que registram a ação já foram entregues à polícia.
“As câmeras mostraram que um indivíduo pulou o muro. Estou aguardando a Polícia me repassar oficialmente em mãos. A demora foi ter um só perito em Cabo Frio, para toda a demanda. Mas esta semana já terei”, disse ela.
A investigação agora é para entender quem cometeu o crime e qual seria a motivação. Segundo Lina, o interesse era queimar os arquivos da instituição.
Depois que o prédio pegou fogo, o prefeito Alexandre Martins disse que a prefeitura iria arcar com os custos de uma unidade provisória. O local adequado para as atividades e atendimentos foi até encontrado, mas não estava com documentação dentro das exigências da Procuradoria e não pôde ser alugado.
“Então tivemos que permanecer no local para não interromper os atendimentos e aqueles que não podem ir até a Apae, os técnicos estão fazendo atendimento domiciliar”, explicou Lina destacando que somente as sete salas do administrativos foram afetadas pelas chamas.
Os atendimentos são feitos de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. A instituição conta assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, esporte e lazer, oficias e natação.
Na mesma semana do incêndio, a Secretaria de Serviços Públicos iniciou a limpeza. As obras também já começaram estão sendo financiadas a partir de uma emenda parlamentar do senador Romário.
A Associação funciona na Rua Greta Blanc do Rio, s/n, Praia da Marina, e há 24 anos oferta serviços de assistência social, saúde e educação no balneário. Atualmente conta com quase 200 alunos matriculados e 50 do convênio da Fundação para Infância e Adolescência (FIA). Os recursos que mantêm a Apae recebem hoje são do governo federal, da Concessionária Enel e doações.