A prefeita Lívia de Chiquinho (PDT) foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Araruama. A juíza Alessandra de Souza Araújo condenou a política por fraude eleitoral. A magistrada decretou ainda a inelegibilidade de Lívia Bello e o marido dela, Francisco Carlos Fernandes Ribeiro, o Chiquinho da Educação, pelo prazo de quatro anos, a contar a publicação da decisão. E mais, além de cassar os diplomas da prefeita e do vice, determinou que nova eleição para o cargo de chefe do Executivo seja realizada. A acusação é de que o ex-prefeito (o Chiquinho) aparecia nos comícios e materiais de campanha junto com a candidata (a Lívia, esposa dele), até mais que o próprio vice. É uma decisão em primeira instância e cabe recurso.
O advogado Carlos Magno de Carvalho, cujo escritório propôs a ação, afirma que o ex-prefeito Chiquinho usou a atual prefeita para voltar ao poder.
“É uma fraude eleitoral. Ele está inelegível e não pode concorrer. Então, usou a mulher para chegar ao poder. O mote da campanha era “vota nela que ele volta”. Hoje, está mandando na prefeitura. O direito eleitoral visa evitar que qualquer ato fraudulento possa interferir na vontade do eleitor. O que o casal fez foi driblar a boa fé do cidadão e também a própria Justiça que o deixou inelegível.”, explica.
A decisão foi publicada logo após a reportagem do SBT Rio, falando sobre a atuação de Chiquinho da Educação na Prefeitura de Araruama. De acordo com a matéria, ele tem atuado ativamente em todos os setores do governo, mandando e desmandando, cumprindo expediente e participando ativamente das decisões, inclusive na contratação de serviços e compras de materiais.
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