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Por Sandro Peixoto

lixeira-em-joao-fernandes-13-05-10-019Em sua última edição, a revista Superinteressante trouxe matéria que mostra o quão insignificante é  o Brasil quando se trata de turismo internacional. Apesar de ter uma imensa costa, ilhas paradisíacas, montanhas, cachoeiras, centenas de parques, o pantanal e a floresta mais exuberante do mundo, a  amazônica, nosso pais aparece apenas na 44ª posição no ranking mundial do turismo. Perdemos para a cidade de Miami, que recebe anualmente 7 milhões de turistas estrangeiros enquanto nós, empacamos e meros 5 milhões há 15 anos. Nesse período, o turismo mundial cresceu de maneira e o Brasil não saiu do lugar.

Ficamos mal na foto por motivos diversos. Estamos distante dos maiores mercados emissores, nossas praias são feias, sujas e mal sinalizadas, nossa estrutura hoteleira e gastronômica é pobre e cara, não temos museus de referência, não temos uma produção artística de qualidade, nosso povo é mal educado e mal fala o português nativo. Esse pacote intragável afasta qualquer turista mais exigente. Para piorar, turista de qualidade não procura praia como principal atração. Quem vai a Paris vai pelos seus museus, suas ruas a calçadas civilizadas, pelo vinho e pelo pão. Vai comprar perfumes, comer, beber e visitar seus monumentos históricos, como o museu do Louvre, por exemplo. Turismo é basicamente serviço, o nosso serviços são de quinta categoria.

Sempre uso um exemplo básico para explicar nossa realidade. Imagine um turista inglês que viu uma foto de Búzios na internet. Ele entra no site de uma pousada e faz a reserva. Compra as passagens e no dia da viagem sai de casa cedo para chegar com antecedência no aeroporto. Se morar no interior, terá que sair quem sabe, seis horas ante  do vôo. Depois mais 12 horas para atravessar o atlântico, mais uma hora para desembarcar e pegar as malas e mais 4 para chegar a Búzios numa van apertada. Já instalado em seu quarto, resolve conhecer a praia da Tartaruga.

De posso de um bugre caindo aos pedaços que lhe foi alugado como novo, perde de cara 15 reais para estacionar o veiculo numa área suja e cheia de buracos. Elege um quiosque qualquer e é inquirido pelo garçom num português claudicante se deseja uma caipirinha.  Um cardápio sujo e pegajoso de maresia é jogado em seu colo. Está tudo em português. Banheiro não há. Muito menos uma pia decente para se lavar as mãos. Os preços superam os de qualquer bistrô francês e as cadeiras mais duras que da época da inquisição. Esse turista pode até aproveitar a estadia e se divertir um pouco. Mas nuca mais volta a Búzios. Ele sabe que tem coisa melhor no mundo mais perto e mais barato.

A nossa sorte é que os argentinos adoram viajar. Os uruguaios e chilenos também. Sem eles, poderíamos fechar as portas.

Noticiário das Caravelas

Coluna da Angela

Angela é uma jornalista prestigiada, com passagem por vários veículos de comunicação da região, entre eles a marca da imprensa buziana, o eterno e irreverente jornal “Peru Molhado”.

Coluna Clinton Davison

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