O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio deflagrou, na manhã desta quinta-feira (23), a operação Segurança Ingrata, que levou à prisão de um policial militar em São Pedro da Aldeia. Ele é suspeito de envolvimento com milicianos da Zona Oeste e de participação nas execuções de dois homens em Búzios, em 2023.
O mandado, expedido pela 2ª Vara Criminal de Búzios, foi cumprido com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria da Polícia Militar.
De acordo com o Gaeco, o policial — atualmente lotado no 12º BPM (Niterói) e ex-integrante do 25º BPM, responsável pelo policiamento da Região dos Lagos — prestava serviços de segurança privada às vítimas antes de se aliar ao grupo criminoso que ordenou os assassinatos.
As vítimas, Horácio Souza Carvalho e Maicon Batista Passos, foram mortas em 3 de maio de 2023, dentro da lanchonete Gaúcho Burguer & Beer, em Manguinhos, Búzios. Horácio era apontado como miliciano e chefiava o grupo do Morro do Jordão, no Rio, até negociar o controle da favela com um traficante conhecido como Graveto.
Na época, quatro suspeitos — dois policiais militares, um policial penal e um civil — foram presos logo após o crime. Com eles, a polícia apreendeu armas, granadas e grande quantidade de munição.
O caso expôs o avanço das milícias sobre áreas antes dominadas pelo tráfico e a presença de agentes públicos nas disputas por território na Região dos Lagos. As investigações continuam.
O que foi apreendido na operação

Durante a prisão do policial militar e nas ações ligadas ao caso em 2023, os agentes encontraram pistolas de uso restrito, granadas, carregadores e grande quantidade de munição.
Também foram apreendidos coletes balísticos, rádios comunicadores e celulares, que serão periciados pelo Gaeco e pela Corregedoria da PM para identificar outros integrantes da rede criminosa investigada por execuções e extorsões na Região dos Lagos.
 
								 
						 
											

