Plantio foi realizado com cessão de sementes pela Pesagro/Rio, unidade de Campos dos Goytacazes. Variedades de feijão preto, plantadas no assentamento, são uma das melhores do País, segundo pesquisador Benedito Fernandes de Souza Filho.
As sessenta famílias do Assentamento Osvaldo de Oliveira, localizado no distrito de Córrego de Ouro, na baixada serrana de Macaé, estão sendo beneficiadas com o plantio da terceira safra de feijão preto.
O plantio foi iniciado no último dia 04 e encerrado nessa quinta-feira (25), segundo o técnico agrícola André Luiz Barbosa da Silva. Segundo ele, a colheita será feita em duas etapas. A primeira, no início de outubro, e a segunda, no final de outubro e início de novembro.
As sementes para o plantio do feijão preto no assentamento de Macaé foram cedidas pela Pesagro (Empresa de Pesquisa Agropecuária) Rio de Janeiro, unidade de Campos dos Goytacazes. Segundo o pesquisador da instituição, Benedito Fernandes de Souza Filho, que também é engenheiro agrônomo, o plantio foi feito com atraso devido às chuvas registradas desde abril. A época ideal de plantio do feijão é entre abril e maio. No Assentamento Osvaldo de Oliveira, de acordo com o pesquisador, foram plantadas as variedades BR Xodó, BRF Esteio, BRF E 403 e BRF Esplendor. “A variedades de feijão preto plantadas no assentamento de Macaé são as melhores que há no Brasil, disponibilizadas pela Embrapa. Agora, vamos esperar a colheita e até armazenar sementes já pensando no próximo período de plantio”, explicou o pesquisador. Benedito Fernandes explicou ainda que a intenção é disponibilizar às famílias de produtores rurais, o que há de melhor também em técnicas de plantio.
André Luiz explicou que em maio foi realizada a preparação do solo e que houve realmente atrasos, causados além pelo excesso de chuvas, também pelo atraso no envio de máquinas agrícolas, como tratores. Ele ressaltou que o atual secretário de Agroeconomia de Macaé, George Jardim, se empenhou para enviar o trator ao assentamento para o início do plantio. “Antes, os produtores rurais do assentamento ficavam isolados e não tinham condições nenhuma de plantar. Agora, com a atual gestão da secretaria, a situação mudou”, enfatizou.
Ainda de acordo com o técnico agrícola André, foram plantados quatro hectares e meio de feijão, com produtos orgânicos e sem agrotóxicos. “A forma de produção no assentamento é coletiva, desde a preparação do solo, plantio, cultivo e colheita”.