O governo federal oficializou nesta sexta-feira (12) os músicos Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues como patronos da Música Popular Brasileira (MPB). A Lei nº 15.204, publicada no Diário Oficial da União, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também assinada pelas ministras Margareth Menezes (Cultura) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania).
O título de patrono é concedido a brasileiros falecidos há pelo menos dez anos que tenham se destacado por contribuição excepcional ou dedicação especial a determinada área.
Natural de Porto Alegre, Lupicínio Rodrigues (1914–1974) é reconhecido como criador do estilo “dor-de-cotovelo”, marcado por letras de desilusão amorosa. Autor de clássicos como “Nervos de Aço” e “Felicidade”, teve suas composições eternizadas por grandes intérpretes. Também escreveu o hino do Grêmio e deixou cerca de 150 músicas.
Já Pixinguinha (1897–1974), nascido no Rio de Janeiro, foi maestro, flautista, saxofonista, arranjador e compositor. É considerado um dos principais responsáveis pela consolidação do choro, gênero que ajudou a definir a música popular brasileira moderna. Obras como “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos” permanecem entre as mais executadas do repertório nacional.
Com a lei, os dois artistas passam a ocupar oficialmente lugar de destaque no panteão cultural brasileiro, reafirmando a relevância histórica da MPB como patrimônio do país.