A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (2) a Operação Nova Capistrum, voltada a desarticular um esquema que teria atuado para coagir eleitores, financiar campanhas com recursos ilícitos e infiltrar representantes no poder público de Macaé (RJ) e municípios da Paraíba.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão — 16 em Macaé e 5 na Paraíba — contra empresários, políticos e servidores suspeitos de integrar a rede criminosa. As apurações indicam que empresas vinculadas aos investigados mantinham contratos com a Prefeitura e com a Câmara de Macaé, usadas para lavagem de dinheiro e sustentação de candidaturas aliadas.
A investigação também rastreia o uso de “gatonet” e distribuidoras de gás em comunidades dos dois estados como base para operações clandestinas e arrecadação irregular. Segundo a PF, os grupos atuavam com o apoio de lideranças envolvidas com tráfico de drogas e de estruturas paramilitares, classificadas como narcomilícias.
Relatórios do Coaf reforçam suspeitas de movimentações financeiras que somam centenas de milhões de reais. Entre os crimes investigados estão peculato, caixa dois e ameaças contra candidatos sem vínculo com o grupo.
De acordo com a PF, os investigados podem responder por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação tem como objetivo impedir a atuação de grupos armados no processo eleitoral e limitar o uso da máquina pública por interesses privados.


