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PF e MPF investigam causa criminosa da ‘invasão’ de gigogas nas praias da Região dos Lagos

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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) de Macaé, no Norte Fluminense, estão investigando denúncia de crime ambiental na abertura da barra das Lagoas do Paulista e de Carapebus, que integram o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ). Além de grandes danos ambientais às lagoas, a abertura irregular levou toneladas de gigogas para as praias da Região dos Lagos na véspera da alta temporada de verão.

Nesta quarta-feira (18) a coordenação do Projeto Bandeira Azul convocou um mutirão para ajudar a Prefeitura de Cabo Frio a limpar as praias do Peró, que conquistou a Bandeira Azul, e a praia das Conchas, que, juntas, têm 7,2 kms de extensão e estão tomadas de gigogas que não param de chegar, levadas pelas correntes marítimas.

— Estamos com um grave problema nas praias. A vegetação que encostou é inimaginável e não pára de poluir o Peró e Conchas, que estão em estado crítico hoje. A Prefeitura está fazendo a limpeza, mas sozinha não dará conta para retirar o material. Precisamos de ajuda – apelou um dos coordenadores do projeto Bandeira Azul, Magno Maiques, na convocação que fez para que toda a ajuda possível se concentre nesta quinta-feira, às nove horas, na orla da Praia do Peró.

Movimento que defende a preservação ambiental da orla, os Amigos do Peró pediram ajuda ao governador Wilson Witzel para a operação de limpeza e ao MPF para investigar responsabilidades. O procurador Leandro Mitidieri, de São Pedro da Aldeia, disse que está acompanhando o caso, mas que a investigação está com o procurador de Macaé. Foi tentado contato, em vão, com o novo secretário estadual do Ambiente, Altineu Côrtes.

O chefe do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Marcelo Braga Pessanha, disse que a abertura simultânea das lagoas para o mar “causou dano ambiental de enormes proporções às Lagos do Paulista e de Carapebus, impactando de forma imensurável o PNRJ, além do sistema de abastecimento de água”. Em ofício à Polícia Federal de Macaé, ele pediu rigorosa investigação para apurar responsabilidades. Ontem ele sobrevoou as lagoas durante três horas.

— Populares abriram no dia 14, de forma ilegal, a barra da Lagoa do Paulista, de domínio do PNRJ. Esta ação criminosa foi precedida da tentativa de abertura da barra da Lagoa de Carapebus, também de forma criminosa. Neste último caso, a prefeitura solicitou e obteve autorização para abrir a barra de forma legal, embora em local não indicado tecnicamente por causa da ação anterior de populares. Populares, contudo, abriram a Lagoa do Paulista de forma criminosa, sem autorização do PNRJ – afirmou o chefe do parque.

Durante todo o dia, garis da empresa de limpeza de Cabo Frio, a Comsercaf, retiraram toneladas de gigogas das Praias do Peró e das Conchas, mas ainda há muita vegetação no mar:

— As gigogas não oferecem nenhum risco aos banhistas, mas deixam um cenário ruim nas praias. O caso, porém, serve de alerta a respeito da falta de um plano de contingência confiável para acidentes ambientais nas praias da Região dos Lagos. É possível imaginar o que poderia ocorrer num vazamento de óleo de grandes proporções – alertou o biólogo Octávio Menezes, dos Amigos do Peró.

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