Por Victor Viana
Pezão é um sujeito que se fosse um desenho animado poderíamos dizer que foi mal desenhado. Ele parece inacabado. Quando o via pela TV como vice, passava a impressão de todo vice, de ser apenas um abajour. Mas Pezão não era isso, era também um assecla de Cabral. Diferente da maioria dos vices, figuras que estão ali para garantir o espaço do grupo que deu apoio, Pezão era “parceiro”. Quando o vi pela primeira vez de perto foi nas eleições municipais de 2012. Pezão, nesse período como membro do séquito do governador do Rio, esteve na comitiva de Cabral no município praiano de Búzios (uma cidade, de acordo com o IBGE, de apenas 28 mil habitantes, no entanto, um palco iluminado de celebridades, milionários e políticos se refrescando durante todo o ano em suas mais de 20 praias). Eles estavam na cidade acompanhados de políticos da Região, como o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), morador de Saquarema e hoje esvaziado dos superpoderes de outrora, encurralado na parede pelos Picciani e citado por Leandro Andrade Azevedo (delator revelou que houve pagamento em 2014 por meio de recursos não contabilizados à campanha dele para a Assembleia Legislativa do Rio), e o, na época, deputado suplente Jânio Mendes (PDT), morador de Cabo Frio e candidato a prefeito desta cidade. Todos estavam em Búzios para dar suporte à campanha à reeleição de Mirinho Braga(PDT) para prefeitura de Búzios.