A categoria petroleira decidiu entrar em greve por tempo indeterminado a partir deste sábado, 01 de fevereiro. A paralisação tem como objetivo reivindicar as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A Federação e seus 13 sindicatos enviaram o comunicado de greve no dia 28 à gestão da Petrobrás e das subsidiárias, informando o início da greve, a partir do primeiro minuto de sábado (01). No Norte Fluminense as assembleias aconteceram até dia 29, 73% da categoria aprovou o indicativo, 17% foram contra e 10% se absteve.
De acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, como ocorrido em outras greves da categoria o abastecimento de combustíveis e gás para a população será mantido durante todo o movimento.
Nota da FUP
A Federação Única dos Petroleiros publicou uma nota convocando os trabalhadores e trabalhadoras e explicando a situação.
“Nem quem amargou perdas de direitos nos anos 90 passou por tanta humilhação e truculência, como acontece hoje no Sistema Petrobras. Nada chega perto da destruição que esse governo está fazendo. A vida que tínhamos antes não existe mais. E vai piorar, se não reagirmos. São MIL DEMISSÕES sumárias na Fafen-PR. Uma fábrica 100% Petrobras. Gerente, supervisor, peão, sejam próprios ou terceirizados, TODOS foram chutados para o olho da rua. Com uma mão na frente e outra atrás.
Fizeram algo semelhante na BR Distribuidora, cuja privatização resultou em centenas de demissões e reduções drásticas de salários e direitos para os que ficaram. Os próximos serão os trabalhadores das refinarias e terminais, que já estão com os dias contados.
O próprio gerente executivo de Gestão de Pessoas já havia avisado, em fevereiro do ano passado, que não terá lugar para todo mundo na Petrobrás. “Todo quadro de trabalho da companhia será reduzido. Dá para absorver todo mundo? Não dá. Algumas pessoas não ficarão na companhia”, afirmou na época, ao anunciar a desativação do Edisp.
Só a LUTA garantirá nossos empregos”, frisou o comunicado