Brasil tem um único percurso assinado pelo americano, o Golfe Clube Aretê, localizado em Búzios
Famoso por criar alguns dos mais difíceis campos de golfe do planeta, o designer Pete Dye morreu nesta quinta-feira (9), aos 94 anos. Conhecido por alguns como Picasso dos campos de golfe, ele foi o responsável pelo desenho de mais de 100 campos ao redor do mundo, junto com a sua esposa, Alice Dye, e seus filhos Perry e Paul Burke (P.B) Dye.
Ao longo de sua trajetória, o lendário designer deu forma a alguns dos mais difíceis campos de golfe da história, como o Teeth of the Dog, eleito o “Melhor Campo de Golfe do Caribe” pelo USA Today; TPC Sawgrass com o seu buraco ilha, reconhecido mundialmente 38 anos atrás, em Ponte Vedra Beach, na Florida; e ainda a PGA West, perto de Palm Springs, na Califórnia, e o Ocean Course, na ilha de Kiawah, na Carolina do Sul.
No Brasil, como legado, Pete deixou um único campo assinado por ele em parceria com seu filho Perry, o Golfe Clube Aretê Búzios (GCAB). Considerado um dos melhores da América Latina, acaba de ser reinaugurado após uma completa modernização.
“Pete Dye conseguia fazer você pensar que um buraco fácil era difícil, e que um buraco difícil era fácil, somente através do shape. Ele era um grande especialista na arte de projetar campos de golfe. Nós do Golfe Clube Aretê Búzios lamentamos essa grande perda no mundo do golfe”, declara Carlos Gasparian, diretor do GCAB, reaberto em novembro após um ano de reformas. A renovação e ampliação permitiram a conclusão do projeto original idealizado na década de 90 por Umberto Modiano e desenhado pela Dye Designs.
“No Golfe Clube Aretê Búzios cada buraco foi desenhado para ter uma identidade própria e desafios únicos. Poucas pessoas no mundo têm esse dom de fazer um campo de golfe. Dye tinha isso de sobra, transformava tudo em arte. E agora nos deixa o único percurso com a sua assinatura no país”, conclui Sebastião Neres da NGA Golf, responsável pela execução da reforma do Golfe Clube Aretê Búzios (GCAB).