A poucos meses da alta temporada do verão, os moradores, comerciantes e veranistas do Peró, em Cabo Frio, vão voltar a procurar o Ministério Público para tentar mais uma vez resolver um problema que os aflige há mais de dez anos: o abandono e a desordem na Praça do Moinho, única área de lazer do bairro. Eles reclamam que a Prefeitura de Cabo Frio não cumpriu o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em abril de 2023 para ordenar o local e revitalizar a praça.
Durante a temporada do verão, dezenas de barracas ocupam as ruas no entorno da Praça do Moinho, impedindo o trânsito dos ônibus e outros veículos pesados, como caminhões-pipa. As licenças provisórias são concedidas, a pedido de vereadores, para pessoas estranhas ao Peró. O mesmo ocorre na praia. O problema foi alvo de debates, mas a solução final apresentada pela Prefeitura desagradou a comunidade: a transferência das barracas para o interior da praça. O município também não iniciou a reforma da área de lazer.
”A praça está mais abandonada do que nunca. Problemas de calçamento, mato, sujeira, população de rua e abandono dos canteiros. Na minha opinião, a prefeitura deveria reformar a praça, ordenar exigir que os permissionários de comércio no local contribuíssem com a manutenção e limpeza da praça”, sugeriu o morador Otávio Menezes.
Os moradores temem que volte a ocorrer na alta temporada a mesma desordem dos anos anteriores. Eles já procuraram os candidatos a prefeito e pediram prioridade no apoio ao projeto Bandeira Azul e reforma da Praça do Moinho, além do ordenamento do trânsito e do cumprimento das normas de posturas na praia. Eles também advertem para o risco da caixa de energia aberta na praça e pedem ao MP que exige que a ENEL só faça ligações de energia para comerciantes em situação legal junto as posturas municipais.
Segundo o Ministério Público, a Prefeitura de Cabo Frio garantiu que a reforma da Praça do Moinho está em processo de licitação.