O encontro será na sede da editora Sophia, na Rua Major Belegard 502, Centro, Cabo Frio, a partir das 19h. Haverá bate-papo com o autor e noite de autógrafos. Na obra, Paulo Cotias analisa o neofascismo como fenômeno caleidoscópico, ou seja, multifacetado, com manifestações muitas vezes silenciosas e subliminares.
Daí surgem as 12 lições que motivam o título do livro e seus capítulos: Lição 1 – Cuidado com o academicismo; Lição 2 – O neofascismo tende a se unificar; Lição 3 – O neofascismo é envergonhado de si; Lição 4 – O neofascismo precisa de arautos; Lição 5 – O neofascismo precisa de seguidores; Lição 6 – Democracia em desencanto; Lição 7 – O neofascismo precisa de inimigos; Lição 8 – O neofascismo precisa de uma estética; Lição 9 – O neofascismo precisa de um braço armado; Lição 10 – O neofascismo precisa de um multiverso; Lição 11 – O neofascismo precisa de uma fé; Lição 12 – O neofascismo precisa de um algoritmo.
Historiador, especialista em Docência Superior e mestre em Educação, Cotias aposta na linguagem clara e objetiva aliada a uma detalhada – e necessária – contextualização histórica. Logo de início, um alerta: “Cuidado com o academicismo”.
“Tratar o neofascismo com eufemismos ou outros nomes menos comprometedores – como “populismo de direita”, “extrema direita” ou “conservadores” – é fazer seu jogo. Ele, como veremos, não pode vir à luz com esse nome. Não quer isso”.
Nas páginas seguintes, o autor segue com o dedo na ferida. Na lição 4, afirma: “O neofascista se admira no espelho, mas é temeroso das leis, ética e civilidade, que acredita que o oprimem e podem punir. Por isso, reluta, esperneia e revolta-se se for percebido clara e publicamente como tal. É como a retirada vergonhosa de um disfarce.”