“Não pode igreja funcionar igual o comércio? ”, questionou o pastor indignado pelo decreto que determina o fechamento de templos religiosos no município
Um decreto municipal publicado na quarta-feira (17) pela prefeitura de Rio das Ostras, que suspendeu o funcionamento de igrejas e outros templos religiosos. Isso gerou uma onda de indignação que culminou em um vídeo viralizado na internet.
O vídeo mostra um suposto líder religioso de Rio das Ostras falando rispidamente contra a decisão municipal de manter os templos fechados, inclusive afirmando o prefeito Marcelino Borba “tem parte com o capeta”.
No conteúdo, ele ainda pede a atenção de todas as lideranças evangélicas das igrejas.
“Todo o comércio funcionando e as igrejas fechadas. A igreja fica uma hora ou duas no máximo com o pessoal no culto. O comércio fica o dia todo funcionando. Não pode as igrejas funcionarem igual o comércio? ”, questionou o pastor.
No vídeo, que possui 3:32 de duração, ele ainda afirma que “o capeta, o inimigo não vai ter capacidade de superar o povo de Deus. O capeta não tem vaga entre o povo de Deus. Estamos aqui procurando nossos direitos”.
A decisão do prefeito, veio após uma reunião virtual emergencial que aconteceu na tarde desta quarta-feira (17), convocada pelas autoridades municipais, que resultou na promulgação do decreto 2.574. Neste decreto ficou definido o novo horário do funcionamento dos segmentos de vestuário e sapatos e a suspensão dos cultos nos templos religiosos.
Anteriormente, no decreto 2.564, publicado no dia 10 de junho, a Gestão Municipal tinha afrouxado as restrições e permitido o funcionamento de igrejas e outros templos religiosos desde que os mesmos empregassem algumas medidas de saúde, como: capacidade máxima autorizada de 30%, espaçamento mínimo de 1,5 entre pessoas e proibição de consumo de alimentos e bebidas no local.
As igrejas e outros templos, além de cultos e reuniões religiosas, estão suspensos há três meses, tendo ficado abertos por um período de aproximadamente 7 dias, desde o início da pandemia do novo coronavírus.